A atuação do partido revolucionário libanês Hesbolá na guerra de libertação nacional da Palestina e contra a ditadura sionista, revelou-se um marco crucial na luta da Resistência contra o sionismo e o imperialismo na região. Apesar da brutal ofensiva israelense, que incluiu ataques direcionados a lideranças do Hesbolá e massacres de civis libaneses, o movimento emergiu fortalecido política, militar e estrategicamente.
O acordo de cessar-fogo alcançado, forçando a participação de potências imperialistas como Estados Unidos e França, foi um triunfo tático para o grupo libanês. Entre os principais termos estavam a retirada das forças israelenses do sul do Líbano em 60 dias e a reafirmação do controle da Resistência sobre áreas estratégicas ao norte do rio Litani, que divide o país árabe do enclave imperialista. Esses resultados consolidaram o papel do Hesbolá como defensor da soberania libanesa, expondo as limitações das campanhas da ditadura mundial para desmantelar a organização.
Mesmo com o apoio dos EUA e da França ao estado de “Israel”, os termos do cessar-fogo refletiram a posição estratégica superior do Hesbolá. Dentro do enclave sionista, a medida foi considerada uma derrota simbólica, com membros do Knesset admitindo que a retirada era necessária para evitar perdas catastróficas.
A falácia da invencibilidade militar israelense foi desmontada, revelando a incapacidade de neutralizar a Resistência. Além disso, o acordo simbolizou o colapso de décadas de políticas intervencionistas do imperialismo, incluindo sanções e isolamento diplomático, que não conseguiram enfraquecer nem o Hesbolá, agora, como não conseguiu com a Federação Russa de 2022 para cá. Pelo contrário, a organização libanesa saiu do conflito com sua legitimidade reforçada, reafirmando seu papel central na luta anti-imperialista no Oriente Médio.
O martírio do líder histórico do Hesbolá durante a guerra, Sayyed Hassan Nasrallah, foi um dos momentos mais simbólicos da guerra. “Israel”, ao longo de meses, intensificou suas táticas de assassinato, visando a desestruturação da Resistência e a destruição da base civil dos países árabes. No entanto, a tentativa de minar o Hesbolá ao eliminar seus líderes fracassou.
A morte de Nasrallah fortaleceu a determinação dos combatentes e solidificou o apoio popular ao Hesbolá. O povo libanês, mesmo enfrentando uma grave crise econômica e política, uniu-se em torno da Resistência, enxergando nela um símbolo de dignidade e soberania. Os ataques israelenses, que tinham como objetivo fomentar divisões internas ao atingir civis e infraestrutura, obtiveram o efeito contrário: garantiram maior coesão nacional e reforçaram o apoio à causa.
Militarmente, os libaneses demonstraram sua capacidade de conduzir operações prolongadas contra um dos exércitos mais bem equipados do mundo, armados até os dentes pelo imperialismo. O uso de táticas sofisticadas e armamentos de longo alcance, incluindo ataques contra Telavive, evidenciou a superioridade estratégica do Hesbolá. A organização mostrou resiliência diante de pressões internacionais e violência contínua, reafirmando-se como uma força militar e política de grande relevância regional.
A guerra também revelou as fragilidades do regime israelense, cuja economia foi severamente impactada pelo conflito. Ampliada pela ação do Eixo de Resistência, a pressão interna forçou “Israel” a aceitar um cessar-fogo, comprovando a eficácia da estratégia de resistência sustentada.
Em âmbito global, o confronto expôs a hipocrisia das potências imperialistas: enquanto governos como o dos EUA e de países europeus apoiavam o genocídio israelense, movimentos de solidariedade emergiram em seus próprios territórios. Protestos em universidades americanas, ações de grupos no Reino Unido e manifestações de torcedores de futebol na Holanda ilustraram a crescente oposição popular às políticas imperialistas. Essa onda de solidariedade foi acompanhada de repressão estatal nos países ocidentais, com prisões e ataques a ativistas pró-Palestina.
Ao resistir e desafiar as potências coloniais, o Hesbolá não apenas reafirmou seu papel como defensor do Líbano, mas também consolidou-se como um símbolo global de luta contra a opressão. A liderança de Sayyed Nasrallah, mesmo após seu martírio, permanece uma inspiração para movimentos que lutam contra a ditadura sionista.
Internamente, “Israel” enfrenta uma crise de credibilidade. Para o Hesbolá, a vitória no conflito reforçou sua posição como força central da resistência regional, inspirando os povos oprimidos de todo o planeta na luta contra o colonialismo, o sionismo e a ditadura em escala global do imperialismo.