A alienação e o fetichismo: Por que o capitalismo nos rouba a vida e como podemos revertê-lo

Você já sentiu que sua vida não te pertence? Que o trabalho, que deveria ser fonte de realização, na verdade te esgota e te desumaniza? Essa sensação não é um problema pessoal, um problema apenas seu, mas a manifestação de algo muito maior: a Alienação, um conceito central na obra de Karl Marx. Para nós, socialistas revolucionários, entender a alienação é o primeiro passo para construir um mundo onde a vida valha a pena ser vivida.

Marx nos mostra que o capitalismo inverte tudo. O trabalho, que deveria nos diferenciar dos animais e nos permitir construir o mundo e a nós mesmos, se transforma em uma prisão. Não é só um sentimento ruim; é uma condição material que nos atinge profundamente.

1. O que o capitalismo nos rouba: As quatro faces da Alienação

A alienação não é uma coisa só, mas um processo que nos atinge de várias formas. Vamos entender como ela se manifesta no nosso dia a dia:

1.1. Alienados do que produzimos

Pense bem: você produz algo, seja um serviço, uma peça, um software. Mas esse produto não é seu. Ele é tirado de você e se torna propriedade de outra pessoa, que é o dono dos meios de produção, ou seja, o capitalista.

O que acontece? Aquilo que você criou se volta contra você. Vira uma força estranha que te domina. Você gera riqueza, mas continua pobre. Se quiser o produto criado com o seu trabalho, com o seu próprio suor, terá que comprá-lo no mercado, como um estranho. Não é irônico?

1.2. Alienados da nossa própria atividade

Você se sente realizado no trabalho? Ou só se sente bem quando não está trabalhando? Para muitos de nós, o trabalho é um fardo, um meio para sobreviver, não uma manifestação do nosso potencial humano. Ele destrói nosso espírito, em vez de nutri-lo.

O trabalho, algo inerente à sociedade humana, deveria ser uma expressão da nossa criatividade, da nossa liberdade. Mas, sob o capitalismo, ele se torna uma atividade forçada, tornando-se, por isso, monótona.

1.3. Alienados da nossa essência humana

Marx nos lembra que somos “seres genéricos” – capazes de criar, de transformar a natureza, de nos relacionar de forma consciente, em seus Manuscritos Econômico‑Filosóficos de 1844 (seres genéricos vem do alemão Gattungswesen). Mas a alienação nos impede de ser tudo isso.

Quando somos reduzidos a fazer uma pequena e repetitiva parte de um processo, nossas múltiplas capacidades ficam atrofiadas. Viramos “máquinas”, “engrenagens”, perdendo nossa humanidade plena e nossa conexão com o que nos faz humanos.

1.4. Alienados uns dos outros

Se o trabalho, que é a atividade social fundamental, é alienado, nossas relações também são distorcidas. O sistema nos impõe a competição, a “guerra de todos contra todos”.

Somos forçados a lutar por empregos, por salários, por um lugar ao sol. A solidariedade, a união entre nós, é dificultada. Nossas relações humanas são reduzidas a relações de mercado ou de conflito. Não é assim que queremos viver, certo?

1.5. A divisão do trabalho: O mecanismo estrutural da Alienação

A alienação não é um acidente; é consequência direta da forma como o trabalho é organizado no capitalismo: a divisão do trabalho. Essa divisão não só fragmenta o processo produtivo, como também fragmenta a própria experiência humana do trabalho.

Pense na diferença: um artesão de antigamente fazia uma cadeira inteira. Escolhia a madeira, desenhava, cortava, montava, lixava. Via o processo completo, aprendia, se orgulhava. Reconhecia‑se na sua criação. Hoje, um operário numa linha de montagem pode passar o dia inteiro apertando o mesmo parafuso. Não vê a cadeira pronta, não entende o processo total, não tem autonomia. Torna‑se um apêndice da máquina, um movimento repetitivo.

O duplo efeito da divisão do trabalho:

• Para o capital: aumenta a produtividade de forma brutal; mais produtos, mais lucro.
• Para os trabalhadores: destrói versatilidade e criatividade; reduz‑nos a funções minúsculas e facilmente substituíveis.
Não se pode deixar de destacar que, nos dias atuais, a divisão do trabalho convive e se combina com a precarização: contratos temporários, terceirização, trabalho por demanda, plataformas digitais, jornadas fragmentadas e insegurança contínua. A precariedade acrescenta camadas específicas à alienação:
• Fragmentação temporal e cognitiva: a alternância entre bicos, apps e contratos curtos impede a apropriação de um processo produtivo contínuo e o desenvolvimento de competências integradas.
• Insegurança e ansiedade: a incerteza sobre renda e futuro transforma o trabalho em fonte de angústia, corroendo a capacidade de planejar e de se reconhecer como sujeito coletivo.
• Instrumentalização ampliada: além de reduzir tarefas, o capital usa vigilância, algoritmos e avaliação por métricas para controlar ritmos e comportamentos, aprofundando o caráter reificado do trabalho.
• Competição entre trabalhadores: a lógica da substituibilidade e da “flexibilidade” transforma colegas em concorrentes, enfraquecendo laços de solidariedade que poderiam contrariar a alienação.

Marx, no entanto, nos lembra que essa divisão é histórica, não natural. Ela mutila potencialidades humanas. A precariedade contemporânea não é um acidente técnico: é expressão de relações sociais de propriedade e poder que transformam o trabalho em mercadoria e o trabalhador em recurso descartável.

Por isso, a superação comunista não significa regressar ao passado, mas construir um futuro em que automação e controle coletivo sejam instrumentos de emancipação, não de exploração. Sob gestão coletiva dos meios de produção, a automação pode liberar tempo e permitir que as pessoas se desenvolvam em múltiplas atividades — exatamente o que Marx evocou quando imaginou que poderíamos “caçar de manhã, pescar à tarde, cuidar do gado ao anoitecer e criticar depois do jantar”, sem jamais ser reduzidos a uma única função.

2. A inversão sujeito-objeto: Quando o que criamos nos domina

O ponto central da alienação é que o sistema inverte a lógica da vida. Nós, seres humanos (o Sujeito), criamos o mundo (o Objeto). Mas, nesse sistema, o que criamos se volta contra nós e nos domina. E este sistema tem nome: Capitalismo.

No trabalho não-alienado, você se projeta no mundo. Sua ideia, sua vontade, sua consciência se materializam em um produto. E, ao ver esse produto, você se reconhece nele. É um ato de autoafirmação.

Esquema da vida plena: Sujeito → (Trabalho) → Objeto → (Reconhecimento) → Sujeito

Mas no capitalismo, o produto é tomado pelo capitalista. Em vez de voltar para você como reconhecimento, ele volta como capital – uma força que te domina. Você se torna um meio para produzir capital. Sua vida, sua essência, são reduzidas a uma mercadoria (sua força de trabalho) vendida para satisfazer as necessidades de outros.

O Sujeito (você, trabalhador) passa a ser escravo do Objeto (o capital e a mercadoria que você mesmo produziu). É por isso que a luta é tão urgente: é a recusa em aceitar que nossa própria vida se torne um poder estranho e opressor sobre nós.

3. O ser genérico: A essência humana que nos roubam

A alienação é trágica porque nega o que Marx, conforme acima já destacado, chama de Ser Genérico (Gattungswesen). Essa é a nossa essência humana universal, o que nos diferencia dos animais. Nós temos:

• Consciência Universal e Livre: Um animal age por instinto. Nós, humanos, podemos planejar, idealizar, criar livremente, em qualquer lugar. Nosso trabalho é verdadeiramente humano quando somos livres da necessidade imediata.
• Capacidade de Transformar a Natureza: Animais produzem para si. Nós, através do trabalho, não só transformamos a natureza para nossas necessidades, mas criamos um mundo objetivo – cultura, cidades, arte, tecnologia. A natureza transformada é a prova da nossa consciência.

A alienação destrói nosso Ser Genérico:
• Nossa Atividade Deixa de Ser Livre: O trabalho vira só um meio de sobreviver, perdendo seu caráter vital e consciente.
• Nossa Consciência é Limitada: Fazendo tarefas repetitivas, nossa mente é reduzida a servir a produção, não a desenvolver todo o nosso potencial.

Como Marx disse em seus Manuscritos Econômico‑Filosóficos (1844): “A atividade vital consciente distingue o homem imediatamente da atividade vital animal. É justamente por isso que ele é um ser genérico.” O capitalismo nos rouba essa liberdade e essa consciência.

4. A superação: Do estranhamento ao Comunismo

Marx não via a alienação como um destino, mas como algo a ser superado. A tarefa histórica do comunismo é essa: reapropriar nossa essência humana. Não é só redistribuir a riqueza, mas transformar a vida.

A superação passa pela abolição da propriedade privada dos meios de produção. É a propriedade privada que permite ao capitalista se apropriar do nosso trabalho e gerar toda a alienação.

No comunismo, a vida se transforma:

Elemento Alienado Superação (Reapropriação)
Produto (O objeto domina o sujeito) O produto serve diretamente às necessidades de quem o produz e da sociedade, não do capital.
Atividade (O trabalho é forçado) O trabalho se torna autoatividade e praxis (prática consciente), um fim em si mesmo, não apenas um meio.
Ser Genérico (O homem é reduzido) O ser humano retoma sua essência, podendo desenvolver todas as suas capacidades, livre de funções fragmentadas.
Relações Humanas (Competição) As relações são baseadas na cooperação e solidariedade entre os produtores livremente associados.

A luta pela superação da alienação é o movimento real que busca transformar a miséria do trabalho forçado na plenitude do trabalho livre. É o motor que transforma o descontentamento individual em um desejo coletivo de revolução.

5. Fetichismo da mercadoria: A magia que nos engana

A alienação é a perda da nossa essência no trabalho. Mas como essa perda é escondida? Pelo Fetichismo da Mercadoria. Ele é o véu ideológico que esconde a exploração no mercado e no consumo.

Se a alienação é um problema do ser (na produção), o fetichismo é um problema da aparência (no mercado). É a forma específica como a alienação se manifesta no capitalismo.

Mas exatamente, o que é o Fetichismo? A palavra “fetichismo” vem da ideia de atribuir poderes mágicos a objetos. Marx usa essa analogia: no capitalismo, as mercadorias parecem ter vida própria, valor próprio, como se fossem entidades mágicas e autônomas, divorciadas de quem as produziu.

Como Marx disse em O Capital – fetichismo da mercadoria e seu segredo: “Uma relação social definida, estabelecida entre os homens, assume a forma fantasmagórica de uma relação entre coisas.”

5.1. A dupla inversão do Fetichismo: Como ele nos engana

O fetichismo da mercadoria nos engana de duas formas principais:

a) Esconde as Relações Sociais de Produção (A Mistificação)

Quando compramos um celular, uma camiseta, um alimento, o que vemos? A relação entre dinheiro e coisa. O valor parece ser uma propriedade da mercadoria, como sua cor ou peso.

Mas a realidade é outra: o valor real de uma mercadoria é o trabalho humano que a produziu. O fetichismo esconde a exploração, o suor, o sofrimento do trabalhador por trás do produto. O elo entre o produto e quem o fez é magicamente rompido.

b) Atribui Poderes Humanos aos Objetos (A Reificação)

A reificação (do latim res, coisa) é o processo de transformar relações humanas em propriedades das coisas. É dar características de sujeito a um objeto.

Exemplos que vemos todo dia:

• “O dinheiro dá poder” – como se o dinheiro, por si só, tivesse essa força.
• “O capital gera lucro” – como se o capital fosse um ser vivo que se reproduz.
• “Uma marca de luxo confere status” – como se a roupa ou o carro pudessem te dar valor como pessoa.
• “O mercado decide os preços” – como se o mercado fosse uma entidade autônoma, e não o resultado de decisões humanas.
• “Conquiste sua liberdade, seja empreendedor, seja seu próprio patrão” – como se autonomia e segurança fossem meras escolhas individuais, e não condicionadas por relações sociais, propriedade e desigualdade.

5.2. A consequência da reificação:

As coisas (mercadorias, capital, dinheiro) passam a dominar as pessoas. Nossas relações não são mais diretas, mas mediadas pelo que possuímos. Você não se relaciona com o outro como ser humano, mas pelo que ele tem, pelo cargo que ocupa.

5.3. A diferença entre alienação e reificação:

Embora muito próximas, são processos distintos, mas complementares:

Alienação Reificação

É a separação do trabalhador de seu trabalho e de seu produto. Acontece na produção. É a transformação de relações humanas em propriedades de coisas. Acontece na circulação e no consumo.

É a perda de controle e reconhecimento: “Não reconheço meu trabalho, não controlo meu produto.” É a mistificação da origem social: “As coisas parecem ter vida própria, o mercado parece natural.”

Problema de apropriação: quem se apropria do meu trabalho? Problema de aparência: as relações sociais desaparecem atrás das coisas.

Pode existir em modos de produção pré-capitalistas (escravismo, feudalismo). É específica do capitalismo porque só aqui as mercadorias e o dinheiro ganham predominância social absoluta.

A alienação produz a reificação. Porque somos separados do nosso trabalho, o produto entra no mercado como algo independente. E porque somos todos dominados por mercadorias e capital, a reificação se torna a forma de consciência (falsa, enganosa) que naturaliza a alienação.

6. A conexão direta: Alienação e Fetichismo como um sistema de dominação

O fetichismo é o efeito final e a camuflagem da alienação. Eles trabalham juntos para nos manter presos:

• Alienação (na Produção): É a realidade material da nossa separação do trabalho e do produto.
• Fetichismo e Reificação (no Mercado e na Consciência): É a forma como essa realidade é escondida, fazendo com que as coisas pareçam ter vida própria e o sistema pareça natural.

O fetichismo garante que a sociedade continue funcionando sob a alienação. Ele nos convence — a todos nós — de que as regras do mercado, a busca pelo lucro, o poder do dinheiro e a competição são leis naturais e inevitáveis. Mas não são! São resultados de relações sociais criadas por humanos, e que podem ser transformadas por humanos.

7. O “Amor não pacífico”: Nossa força revolucionária

Tenho trabalhado neste texto há algum tempo; ele é fruto de estudos e reflexões que venho desenvolvendo, incentivado pelo esforço do PSTU para que seus militantes tenham uma relação profunda com a teoria. Nesta manhã, ao assistir a um programa sobre o ator Lázaro Ramos, o ouvi afirmar sua crença no amor — qualificado, no entanto, como amor não pacífico — e dizer que sua posição se inspirava em Martin Luther King Jr.

Aquela fala foi o empurrão que faltava para eu concluir os escritos que agora você lê.

Gosto da expressão “amor não pacífico”, não pelo sentido que Lázaro Ramos parece dar a ela a partir de Martin Luther King Jr (King, em verdade fala no Amor Agape – um amor incondicional e altruísta por todos os seres humanos, independentemente de raça ou ações – era base da política de não violência), mas porque, após cerca de trinta e sete anos de militância na esquerda revolucionária, reconheço nela um sentimento que me move profundamente: um amor incondicional pela humanidade e pelo próximo. É um amor que exige coragem, clareza política e disposição para o confronto com as estruturas que produzem exploração e desumanização.

Para mim, Amor Não Pacífico é uma forma de amor social e político que combina afeto pela vida humana, solidariedade e o desejo de realização plena das potencialidades humanas com a disposição para enfrentar o poder estabelecido. Não é ódio e nem violência gratuita; é uma paixão transformadora que exige ruptura com o status quo para efetivar a emancipação. Implica também uma compreensão realista da luta: ao desafiar privilégios e estruturas de dominação, os explorados e oprimidos enfrentarão resistência e violência por parte daqueles que não abrirão mão pacificamente do poder que lhes permite explorá‑los e oprimi‑los. Portanto, esse amor inclui a noção clara de defesa coletiva — organização, autodefesa política e proteção mútua — como parte inseparável da estratégia emancipadora.

Amor Não Pacífico é a força que surge da nossa revolta contra a inversão e a mistificação do mundo capitalista. É a nossa vontade de mudar tudo. É o desejo de:

• Reapropriarmos o Produto: que a riqueza produzida coletivamente sirva a todos, não apenas a uma minoria.
• Reapropriarmos da Atividade: que o trabalho seja livre, criativo e fonte de satisfação, não de sofrimento.
• Reapropriarmos nossa Humanidade: que possamos viver uma vida plena, onde todas as potencialidades se desenvolvam.
• Acabarmos a Exploração: o fim da exploração e da opressão de uma classe sobre outra; que propriedade e poder sejam coletivos, garantindo igualdade, autonomia e dignidade a todas as pessoas, rumo ao comunismo.
Essa força nos impulsiona a:
• Expor a ilusão do fetichismo: enxergar as relações de exploração por trás da “magia” da mercadoria.
• Lutar contra a reificação: recusar ser tratados como coisas e buscar a desalienação.
• Lutar contra o capitalismo: defender a revolução socialista como caminho para a emancipação.

Para nós, do PSTU, o projeto socialista é, em essência, a desfetichização radical da sociedade e a superação da alienação. É a ferramenta viva para entender nossa realidade e lutar por um mundo onde a vida, e não o lucro, esteja no centro de tudo. É a nossa luta por um futuro socialista!

Indicação de livros, canais e editora

O estudo e a prática caminham juntos. Para transformar a alienação e desfetichizar a sociedade precisamos tanto de teoria rigorosa quanto de intervenção organizada: leitura coletiva, formação política, atuação nas lutas concretas e construção do partido revolucionário. Recomendo que cada leitor comece por textos que expliquem a crítica marxista ao trabalho e à mercadoria, avance para a leitura de O Capital e complemente com obras sobre estratégia revolucionária e hegemonia cultural. Paralelamente, acompanhe canais e coletivos que discutem Marx com clareza e compromisso político para transformar estudo em ação — por exemplo, Orientação Marxista e Marx por Ela, que oferecem cursos, explicações e debates acessíveis para quem quer aprofundar a teoria e aplicá‑la nas lutas de hoje. Estudar é organizar; organizar é transformar.

Leituras recomendadas

• Karl Marx — Manuscritos Econômico‑Filosóficos (1844) — introdução à crítica da alienação.
• Karl Marx — O Capital Livro I — análise do fetichismo da mercadoria e da dinâmica do capital.
• Karl Marx e Friedrich Engels — A Ideologia Alemã — fundamentos do materialismo histórico.
• Vladimir Lenin — O Estado e a Revolução — sobre poder estatal e transição ao socialismo.
• Leon Trotsky — A Revolução Permanente — internacionalismo e estratégia revolucionária.

Canais e recursos digitais

Orientação Marxista – canal com cursos e debates sobre Marx e a tradição marxista; útil para estudo sistemático e aprofundado.
Marx por Ela — canal de introdução e debate sobre Marx com linguagem acessível e foco pedagógico.
Arquivo Leon Trotsky 

Editora

Editora Sundermann — catálogo com obras marxistas e estudos contemporâneos sobre trabalho e economia.

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