Os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da Rússia, Vladimir Putin. Foto: Reprodução

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não conseguiu chegar a um acordo para cessar-fogo com a Rússia nesta segunda (2), em Istambul, na Turquia, e pediu mais sanções contra Moscou. As negociações entre representantes dos dois países tiveram pouco mais de um hora de duração, muito menos do que o tempo previsto.

Havia expectativa de que as conversas levassem a um entendimento ao longo do dia, com um acordo para cessar-fogo e uma solução duradoura para o conflito. Representantes de diversos países, especialmente Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, vinham pressionando Zelensky a aceitar uma proposta para acabar com a guerra.

Trump chegou a ameaçar deixar de atuar como mediador caso não houvesse progresso nas negociações, mas Zelensky participou de uma cúpula em Vilnius, na Lituânia, e reclamou do papel da comunidade internacional contra a Rússia, pedindo novas sanções contra Vladimir Putin.

“Sem pressão, Putin continuará brincando com todos que desejam o fim desta guerra. A chave para a paz duradoura é clara: o agressor não pode receber qualquer recompensa pela guerra”, disse o mandatário ucraniano.

Delegações da Rússia e da Ucrânia sentadas frente a frente no Palácio Cirigan, em Istambul, na Turquia. Foto: AFP

Ele ainda afirmou que o líder russo estaria tentando definir os rumos da segurança internacional com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). “Se Putin decidir quem pode ou não entrar na Otan, seu apetite por guerra só vai crescer”, prosseguiu.

Zelensky pede um “novo nível da pressão” para eliminar “a fome da Rússia por agressão” e uma ação com “unidade” de países da União Europeia e do G7, incluindo os Estados Unidos.

O encontro entre representantes de Kiev e Moscou ocorreu um dia depois dos dois países lançarem seus maiores ataques aéreos um contra o outro, o que resultou em pelo menos 40 aviões russos abatidos e na morte de 12 soldados ucranianos em campo de treinamento.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 02/06/2025