Após um breve intervalo, o programa Análise Internacional, da Causa Operária TV (COTV), está de volta ao ar em novo dia e horário: agora, todas as quintas-feiras, às 12h30. Trazendo os comentários de Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), e do comandante Robinson Farinazzo, do canal A Arte da Guerra, o programa retornou com uma análise precisa sobre o agravamento da crise mundial, os rumos da guerra e o papel das grandes potências imperialistas.

Um dos principais temas abordados foi a política internacional dos Estados Unidos sob Donald Trump. Pimenta ressaltou que, ao contrário da esquerda pequeno-burguesa, o PCO não adere a uma política baseada em maniqueísmos morais:

“Nós não defendemos Trump com unhas e dentes. Simplesmente não concordamos com a ideia de que o Trump é o mal absoluto e o Biden seria o salvador da humanidade.”

O dirigente enfatizou que a política externa de Trump, embora longe de representar qualquer ruptura com o imperialismo, destoava em certos aspectos da linha belicista predominante no regime:

“Ele assumiu como presidente e foi negociar a paz na Ucrânia. Essa não é a política dos falcões norte-americanos. Ele ameaçou o Irã, mas não tomou nenhuma medida. […] Houve protesto da base trumpista e ele parou de bombardear o Iêmen.”

A crítica à visão superficial sobre os conflitos mundiais foi direta. Pimenta esclareceu que a avaliação sobre a política de Trump não se trata de apoio, mas de análise objetiva:

“Jamais vou defender um presidente dos EUA, a não ser que ele seja resultado de uma revolução que derrube todo o sistema imperialista norte-americano. […] Tem que se analisar o que é, não o que você gostaria que fosse.”

Sobre o panorama da política mundial, o programa indicou que o mundo caminha para uma guerra inevitável, dada a profunda crise do sistema imperialista:

“O Trump não está conseguindo governar efetivamente. Era de se esperar — a atual situação de crise do imperialismo não poderia permitir que uma pessoa seguisse na contramão dos interesses do imperialismo, que seria acabar com a guerra na Ucrânia.”

O agravamento da situação também se dá em relação à China. Segundo Pimenta, mesmo com mudanças no governo, a política de agressão ao país asiático seguirá em curso:

“Outro foco de problema é a China. Apesar do Trump, vai continuar a política de guerra contra a China. O mundo caminha para uma guerra. Ela não vai ser detida por nenhum governo.”

Por fim, o programa apontou que o aprofundamento da ofensiva imperialista exigirá uma transformação dos próprios regimes políticos das potências centrais:

“Fazer uma guerra de grandes proporções necessita de uma unidade interna que só pode ser conseguida por meio do fascismo.”

Apesar do cenário, Pimenta indicou que uma reação vigorosa das massas nos próprios países imperialistas pode abrir uma brecha para reverter, ainda que temporariamente, a ofensiva:

“O imperialismo está muito acuado. Se ele sofrer um golpe muito duro, isso pode abrir uma perspectiva melhor por um período. […] Você tem uma mobilização gigantesca, cai um governo como o da França, da Alemanha, de Portugal, da Espanha — aí vai paralisar o imperialismo.”

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Last Update: 30/05/2025