A inflação para famílias brasileiras de renda muito baixa, até R$2202,02 mensais, acelerou de 0,56% em março para 0,60% em abril de 2025, enquanto para a faixa de renda baixa, entre R$2202,02 e R$3303,03, subiu de 0,54% para 0,57%, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Já para as famílias de renda alta, acima de R$22020,22, a taxa caiu de 0,6% para 0,14%, beneficiadas pela redução de 14,2% nas passagens aéreas e 0,5% nos combustíveis.

Os grupos “alimentos e bebidas” e “saúde e cuidados pessoais” lideraram a alta inflacionária. Apesar da queda nos preços de arroz, com recuo de 4,28%, feijão-preto, com baixa de 5,5%, e carnes, com redução de 0,1%, itens como batata, que subiu 18,3%, tomate, com alta de 14,3%, ovos, com aumento de 0,7%, café, com elevação de 4,5%, e leite, com acréscimo de 1,1%, pressionaram os custos. Em saúde, produtos farmacêuticos aumentaram 2,3% e artigos de higiene subiram 1,1%, impactando mais os mais pobres.

No acumulado de 12 meses, a inflação para a faixa de renda muito baixa foi de 5,43%, a menor, enquanto a renda média registrou 5,56%, a maior. Nos últimos 12 meses, alimentos como carnes, com alta de 22,3%, aves e ovos, com aumento de 12,3%, e café, com elevação de 80,2%, além de transportes, com ônibus urbano subindo 5% e gasolina 8,9%, foram os principais vilões. Para os mais ricos, serviços pessoais, com alta de 5,5%, e mensalidades escolares, com aumento de 6,5%, também pesaram, conforme o estudo do Ipea.

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Last Update: 29/05/2025