O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) é mencionado em anotações como alvo de grupo de extermínio. Foto: Reprodução

O nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) é mencionado nas anotações do grupo de extermínio que se intitulava “Comando C4” — sigla para  “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos” — como um alvo.

A Polícia Federal (PF) descobriu que a organização criminosa formada por civis e militares (ativos e da reserva), voltada para “espionagem e homicídios sob encomenda”, mantinha uma tabela de preços para vigiar autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e “pessoas comuns”.

Investigadores que acompanham o caso dizem que Pacheco estava “na mira” deles, mas só uma análise completa do material vai esclarecer a extensão do monitoramento e seus motivos, conforme informações do G1.

De acordo com a PF, o grupo criminoso cobrava R$ 250 mil para espionar ministros do STF, R$ 150 mil no caso de senadores, R$ 100 mil para deputados e R$ 50 mil para “pessoas comuns”.

Documento apreendido pela PF mostra 'tabela de preços' para espionar e assassinar autoridades
Documento apreendido pela PF mostra “tabela de preços” para espionar e assassinar autoridades. Foto: Reprodução

A operação desta quarta-feira (28), autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, teve origem na investigação do assassinato do advogado Roberto Zampieri, de 53 anos, executado com dez tiros em 5 de dezembro de 2023, em Cuiabá (MT).

Ao investigar o assassinato, a Polícia Civil acabou se deparando com um megaesquema de venda de sentenças em diversos tribunais do país, inclusive no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Por isso, o caso passou às mãos do Supremo.

No celular da vítima, a PF encontrou registros de negociações de sentenças com juízes e tabelas impressas com os preços das execuções, que variavam conforme o cargo da vítima, além de anotações manuscritas com os nomes de parlamentares e ministros do STF.

A operação deflagrada pela PF envolve cinco mandados de prisão, quatro ordens de monitoramento eletrônico e seis de busca e apreensão. Os alvos, segundo a investigação, são militares da ativa e aposentados, localizados nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.

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Last Update: 28/05/2025