Durante o programa Análise da 3ª, transmitido semanalmente pela Rádio Causa Operária, o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, fez uma série de críticas contundentes ao governo Lula e à política do regime de frente ampla. Em especial, Pimenta denunciou o avanço da censura no país, a submissão do governo ao mercado financeiro e a paralisia do desenvolvimento nacional imposta por organismos estatais capturados por interesses imperialistas.
Comentando as recentes declarações de Janja, esposa do presidente Lula, sobre a necessidade de regular as redes sociais para proteger as crianças, Pimenta foi enfático:
“A declaração da Janja é inoportuna. Com tantos problemas que o governo já teve, ela vai e pisa nessa jaca.”
Segundo ele, o discurso de proteção infantil é apenas um pretexto para a imposição de uma política de censura:
“Não adianta vir com a conversa de que é defesa das criancinhas porque não engana ninguém. É censura política e todo mundo sabe que a censura, historicamente, só causou problemas para a cultura e a sociedade humana.”
Pimenta destacou que a censura nada protege e que o direito à informação é essencial para o povo:
“O mundo não é perfeito. O mundo é complexo. Você não vai proteger ninguém tapando os olhos da pessoa.”
No campo econômico, o dirigente denunciou a capitulação do governo Lula ao grande capital financeiro:
“Para enfrentar o mercado financeiro, é preciso ter força. Não vamos acreditar que os banqueiros são idiotas. E ainda que fossem, eles podem até ser idiotas, mas têm dinheiro.”
Criticando o silêncio dentro do PT, afirmou:
“Nem os cachorros loucos, como Alberto Cantalice, saem em defesa dessa política. Caiu por terra que tudo que o governo fazia era extremamente progressista.”
Ele citou a fala do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, que declarou que o governo está sitiado pelo mercado financeiro, como evidência da falência da política econômica do governo.
Sobre a política regulatória, Pimenta atacou duramente as agências, que classificou como instrumentos de controle do próprio capital sobre o Estado:
“A agência reguladora é um órgão controlado pelas próprias agências do setor; assim como o Banco Central é controlado pelos bancos. É uma piada.”
Em especial, criticou a atuação da ENEL, empresa estrangeira de energia:
“É uma das empresas mais ineficientes e criminosas que agem no país.”
Na questão ambiental, Pimenta denunciou o uso de ideologias pequeno-burguesas para sabotar o desenvolvimento do Brasil:
“Quer cometer um grande crime contra o país? Arruma uma ideologia fuleira e aí você pode. Impedir o Brasil e a Petrobras de explorarem o petróleo é um crime.”
Criticou a esquerda liberal que se opõe a toda e qualquer obra de infraestrutura:
“Você não pode explorar petróleo, não pode fazer estrada, não pode fazer nada. O IBAMA está embargando tudo quanto é tipo de obra.”
E concluiu:
“Quem tem que tomar decisões em nome do povo são os representantes do povo. […] O Senado deve ser extinto, porque serve justamente para organizar esses crimes contra a população.”
Por fim, analisando o caso do julgamento de Jair Bolsonaro e a atuação do ex-ministro Aldo Rebelo como advogado de defesa, Pimenta alertou para a escalada autoritária do Judiciário brasileiro:
“É um julgamento farsa. Os advogados são intimidados pelos juízes. As testemunhas são intimidadas pelos juízes. A defesa do Bolsonaro não recebeu todos os documentos do processo.”
Finalmente, o dirigente do PCO destacou a atitude arbitrária do ministro Alexandre de Moraes durante a audiência:
“O Aldo Rebelo quase recebeu voz de prisão por uma declaração. E depois ele ainda está certo e todo mundo sabe: o Alexandre de Moraes é um analfabeto.”