No último domingo (25), o deputado estadual do PT do Paraná, Renato Freitas, publicou em sua rede social X, vídeo em que Policiais Militares conversam com Gabriel Ferreira Messias da Silva, 19 anos, já baleado à queima-roupa durante abordagem, na Vila Císper, Zona Leste de São Paulo, em novembro de 2024. No chão, Gabriel pede socorro: “sou trabalhador, senhor. Para que fazer isso comigo, meu Deus? Me ajuda, por favor”. O rapaz não sobreviveria ao homicídio.
As imagens foram fornecidas pela Defensoria Pública de São Paulo. Conforme demonstrado pela gravação, um dos policiais pede ao comparsa para virar a câmera (“vira, vira, vira”) presa ao fardamento e no retorno há uma arma “plantada” próximo a Gabriel, o que mostra como funciona a ação criminosa da PM para encobrir seus crimes.
No ano passado, segundo os dados do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial, a PM comandada por Tarcísio de Freitas assassinou pelo menos 760 pessoas. Em 2023 esse número havia sido de 460. Somados os números de assassinatos das polícias militares, civis e guardas municipais em 2024, foram registrados mais de 840 assassinatos.
É evidente que a máquina de guerra contra a classe trabalhadora não se limita somente PM, mas se estende a todo aparelho de repressão estatal, demonstrando seu caráter criminoso de dominação e opressão utilizada pela burguesia. A punição exemplar de “maus policiais”, como querem alguns setores da esquerda pequeno burguesa na tentativa de agradar setores direitistas contra a “bandidagem”, não é suficiente para parar essa máquina de guerra contra a população.
Não é mais possível tolerar essa barbárie contra povo brasileiro. É preciso acabar com todas as polícias e organizar milícias populares controladas pela própria classe trabalhadora e que realmente atendam aos seus interesses.