Prefeitura de São Paulo vista de longe
Prefeitura de São Paulo – Guilherme Cunha/SMTUR

A escolha de um vice-prefeito rejeitado pelos eleitores pode influenciar significativamente o voto dos paulistanos no candidato principal, revela pesquisa recente do Datafolha em São Paulo. Segundo o levantamento, 46% dos entrevistados expressaram essa opinião.

Entre os entrevistados, 25% afirmaram que mudariam seu voto se discordassem do vice escolhido, enquanto 21% consideraram essa possibilidade. Por outro lado, 51% não alterariam sua escolha original, enquanto 3% não souberam responder.

Historicamente, os vices, frequentemente vistos como peças de barganha política, frequentemente ascendem ao cargo principal, como ocorreu com Gilberto Kassab em 2006 e Ricardo Nunes em 2021. O primeiro, hoje influente no PSD, foi reeleito em 2008, enquanto o segundo busca o mesmo feito em uma corrida disputada com Guilherme Boulos (PSOL).

Outros exemplos marcantes incluem a transição de José Sarney para a presidência em 1985 após a morte de Tancredo Neves. A escolha do vice de Nunes gerou polêmica, com receios de associação ao bolsonarismo na capital. O coronel Ricardo Mello Araújo, ex-comandante da Rota e aliado de Jair Bolsonaro (PL), foi indicado para o cargo, desafiando as expectativas.

Montagem de fotos de Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, o primeiro falando e o segundo sério
Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) – Reprodução

Boulos teve uma escolha mais tranquila, com o Partido dos Trabalhadores abrindo mão da candidatura em favor de Marta Suplicy, ex-prefeita. A política de vice também está em destaque na disputa entre José Luiz Datena e Tabata Amaral em São Paulo, com repercussões significativas.

Em outros pontos do país, o Datafolha levantou a mesma questão em diferentes capitais, colhendo percentuais diversos. No Rio, existe um empate entre aqueles que mudariam o voto (48%) e aqueles que não (47%). Em Belo Horizonte, 53% trocaria a escolha e 43%, continuariam na mesma opção. Já em Recife, os números se invertem: 59% disseram não e 40%, sim.

O Datafolha entrevistou 1.092 eleitores de 2 a 4 de julho, num levantamento encomendado pela Folha com margem de erro de três pontos para mais ou menos. A pesquisa tem registro SP-01178/2024 no Tribunal Superior Eleitoral.

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Última Atualização: 06/07/2024