O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), liderado pelo presidente Nicolás Maduro, conquistou a vitória nas eleições legislativas deste domingo (25), obtendo quase 83% dos votos, segundo informou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

A eleição foi marcada por um boicote liderado por figuras de destaque da oposição, como Maria Corina Machado e Edmundo González. Ambos incentivaram a abstenção como forma de protesto contra os resultados da eleição presidencial de julho de 2024, que, segundo eles, foi fraudada — apesar de o governo ter declarado Maduro vencedor.

Machado, Gonzalez e a coalizão Vente Venezuela divulgaram imagens de seções eleitorais vazias durante todo o domingo, contestando os dados oficiais de participação. Mesmo com a extensão do horário de votação pelo governo, o comparecimento foi de apenas 42,6% dos mais de 21 milhões de eleitores registrados.

Os nomes dos parlamentares eleitos ainda não foram integralmente divulgados, mas o CNE já anunciou 40 deputados de diferentes partidos. Com a nova composição, o chavismo mantém o domínio sobre os principais poderes da Venezuela.

Oposição dividida e enfraquecida

Em meio a uma oposição fragmentada, alguns partidos decidiram participar da eleição. Uma coalizão considerada aliada ao chavismo obteve 6,25% dos votos, enquanto uma aliança oposicionista somou 5,17%. A oposição conquistou apenas um governo estadual, em Cojedes, contra quatro em 2021.

Enquanto isso, líderes como Henrique Capriles e o governador de Zulia, Manuel Rosales, adotaram estratégia oposta à de Machado e defenderam a participação como forma de manter alguma representação institucional. Capriles conseguiu uma vaga na Assembleia, mas Rosales perdeu o governo de seu estado.

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Last Update: 26/05/2025