De acordo com testemunhas ouvidas por este Diário, policiais militares apreenderam uma banca de materiais da Loja do Partido da Causa Operária (PCO) na tarde desse domingo (25). Os materiais estavam expostos na Avenida Paulista, em São Paulo, no vão do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp).
Tudo teria começado quando um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo financiado pelo grande capital para defender a política de destruição neoliberal, se dirigiu até militantes do Partido com insultos. Os militantes do PCO teriam pedido que o integrante do MBL se retirasse, e este foi até a polícia e, sem prova alguma, acusou os militantes de terem o agredido fisicamente.
Mesmo sem prova, a polícia tomou como verdade a mentira contada pelo integrante do MBL.
Durante alguns minutos, os policiais ameaçaram levar dois militantes do PCO para uma delegacia, onde seria feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Após momentos de tensão, os policiais desistiram da ideia.
No entanto, a banca de materiais da Loja do PCO foi apreendida. Segundo relatos a este Diário, ela permanecerá sob custódia policial até esta segunda-feira (26).
A apreensão de materiais é mais um episódio do Estado de exceção sob o qual o País se encontra.
O integrante do MBL, incapaz de defender sua política impopular e lesa-pátria por meio de um debate civilizado, tem apenas a repressão como sua arma. Assim, provocou os militantes do PCO buscando, com isso, atrair a repressão do Estado. A polícia, por sua vez, em vez de se basear nos princípios constitucionais, atribuiu a si mesma a função de determinar que partido pode ou não distribuir seus materiais na rua.
Essa é a mesma política defendida por Alexandre de Moraes, uma espécie de policial togado, no Supremo Tribunal Federal (STF). Por meio de todo tipo de expediente antidemocrático e mafioso, o ministro do STF permite que o tribunal seja utilizado para que os setores mais alinhados ao imperialismo esmaguem seus adversários usando a força da repressão estatal.
OUTRO LADO
O Diário Causa Operária tentou contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.