
A condução do ministro Alexandre de Moraes nos depoimentos sobre a trama golpista orquestrada por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados em 2022 tem recebido apoio interno no Supremo Tribunal Federal (STF). Por outro lado, as ações do ministro têm sido alvo de críticas por parte das defesas dos réus, acusados de tramar contra a democracia brasileira.
A postura firme do relator, segundo informações da Folha, é um dos pontos de destaque.
A característica teria ficado evidente quando o magistrado insinuou que o general Marco Antônio Freire Gomes estaria mentindo em sua oitiva e ameaçou prender o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo por desacato.
Freire Gomes, na ocasião, afirmou que “jamais mentiria” e tentou afastar interpretações sobre as falas do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos. Moraes, porém, interrompeu o depoimento e advertiu: “A testemunha não pode omitir o que sabe. Vou dar uma chance para a testemunha falar a verdade”.

Na mesma semana, Aldo Rebelo foi advertido pelo ministro, que ameaçou prendê-lo após uma discussão sobre o significado da expressão “à disposição” usada por Garnier. O ex-ministro rebateu: “Não admito censura”, ao que Moraes respondeu: “Se o senhor não se comportar, vai ser preso por desacato”.
Entre os ministros do STF, há respaldo à atuação de Moraes, que é vista como uma busca ativa pela verdade.