Na esquerda brasileira, além de existirem os jornalistas que pedem por censura, se encontram também aqueles atuam contra a criação de empregos e contra a própria categoria, como é o caso de um certo Leandro Lanfredi, que é petroleiro e atua no Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, e é militante do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT) e do Movimento Nossa Classe.

Lanfredi é um dos que assina um artigo publicado nesta quarta-feira (21) no sítio do MRT sob o título Nenhuma exploração na margem equatorial! Chega de entregar o petróleo ao imperialismo e destruir a natureza!

Reproduziremos abaixo o primeiro parágrafo que diz o seguinte:

A política do governo Lula, através da Petrobrás, de explorar a chamada ‘Margem Equatorial’ – conjunto de bacias que inclui a Foz do Rio Amazonas, bem como o complexo de Fernando de Noronha e outras áreas ambientalmente sensíveis – é parte do papel do Brasil no consenso extrativista da América Latina, que busca priorizar a produção de bens primários para exportação e aumentar cada vez mais a produção para obter os grandes acionistas privados, em grande parte imperialistas.”

Como se vê, é reproduzida ali uma falsificação, uma distorção. O termo “Foz do Amazonas” é utilizado para confundir as pessoas, para que se tenha a impressão de que vão explorar petróleo onde o Amazonas deságua, quando, na verdade, a margem equatorial é uma região que se estende de 150 a 500 quilômetros do litoral.

Quanto a “priorizar a produção de bens primários”, é preciso lembrar que essa esquerda golpista é grande responsável, pois apoiou o golpe contra Dilma Rousseff, que planejava modernizar a produção de petróleo. Michel Temer tratou rapidamente de destruir o que pôde da Petrobrás.

Outra falsificação surge no segundo parágrafo, que afirma que “o discurso demagógico de ‘geração de empregos’ revela-se falacioso pela própria quantidade, relativamente pequena, de empregos que a remoção em alto mar gera”. O petróleo é uma cadeia produtiva, portanto, os empregos não devem ser contados apenas do pessoal que fica embarcado, pois para produzir as plataformas é preciso aço, serviços de engenharia, geologia, transporte marítimo e terrestre; sem falar da parte de refino.

Falácia da transição energética

A esquerda identitária repete a falácia imperialista de “transição energética”, um verdadeiro engana trouxa que só serve para evitar que os países atrasados, como o Brasil, abram mão da exploração do petróleo para isso futuramente seja feito diretamente pelos monopólios imperialistas.

É impossível substituir a commodity nas próximas décadas, pelo menos. Não se pode manter indústrias, hospitais, escolas, unicamente com energia solar ou eólica. O despreparo dos autores do texto fica patente quando afirmam que:

“A ideia de que uma exploração iria ‘financiar a transição energética’ é desmascarada pelos próprios valores irrisórios que a Petrobrás de fato planeja dedicar uma pesquisa de ‘baixo carbono’ ao mesmo tempo que anuncia planos de aumentar cada vez mais a produção de petróleo na próxima década.”

Primeiro, é preciso desmascarar que esses setores da esquerda que, a mando da “agenda climática” do imperialismo, exige uma matriz energética de baixo carbono, são os mesmos que protestaram contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, alegando também a questão ambiental. Ou seja, querem que o Brasil viva na idade da pedra.

Segundo, é exatamente assim que a coisa acontece, é preciso queimar muito combustível fóssil até que se chegue às fontes “limpas” de energia, é um processo dialético e necessário, pois é preciso desenvolver a indústria e a ciência para o progresso tecnológico e o desenvolvimento de formas evoluídas de se lidar com a questão energética.

Quem ganha?

Os autores dizem que “as petroleiras imperialistas também auxiliam ansiosas a investida da Petrobrás, certos de usar uma empresa de boi de piranha para seguirem com suas próprias explorações na região, amparados pela política privatista de leilões permanentes da ANP e pelas joint ventures promovidas pela própria Petrobrás”. Se isso fosse verdade, por que as ONGs, Marinas e Guajajaras, fundações Ford, Soros, Greenpeace, Ibama, etc., tentam a todo custo impedir que a Petrobrás explore a região? Por que as essas grandes empresas estrangeiras apoiariam uma empresa como a brasileira se podem pegar tudo para si?

É preciso lembrar que um dos planos do imperialismo, desde o Estado Novo, foi impedir que o Brasil explorasse essa riqueza.

Como se viu no título do artigo, seus autores sustentam que não se deve explorar o petróleo porque, além da suposta proteção da natureza, tudo seria entregue ao imperialismo. Mais uma falsificação, pois mesmo na Guiana, com todo o roubo que as multinacionais do petróleo promovem, o PIB do país cresceu 200%.

Não explorar o petróleo é que vai fazer com que tudo fique nas mãos do imperialismo.

Essa esquerda que trai a classe trabalhadora, em vez de lutar pela completa nacionalização do petróleo, lutar pelo desenvolvimento técnico e social do país, fica fazendo birra, fingindo ser radical quando, de fato, é completamente entreguista.

Setores inteiros da esquerda está na folha de pagamento de ONGs imperialistas bancadas pelo imperialismo, e por isso tentam impedir que o Brasil explore suas riquezas e beneficie sua população.

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Last Update: 25/05/2025