O Fórum dos Movimentos Sociais do PCdoB se reuniu nesta sexta (23) para reafirmar a participação ativa do Partido na campanha do Plebiscito Popular, que tem como principais bandeiras a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, o fim da escala 6×1 e a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, com taxação dos super-ricos como alternativa fiscal.
O secretário sindical nacional do PCdoB, Nivaldo Santana, abriu os trabalhos reiterando que a participação no plebiscito é uma decisão política nacional do Partido, convocando todos os comitês estaduais e municipais a se engajarem com protagonismo e dedicação. Segundo ele, a iniciativa é estratégica para “retomar a mobilização popular em torno de pautas de interesse da maioria da população”.
Reconectar com as bases para enfrentar 2026
A presidenta da UNE, Manuella Mirella, fez um panorama das articulações em curso com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e destacou a importância política do plebiscito diante da baixa mobilização social recente. Ela defendeu que o processo sirva para reconectar as organizações com suas bases e como ensaio geral para a “grande batalha de 2026”.
Segundo Manuella, a campanha tem avançado em diálogo com o governo federal. Uma reunião com a Secretaria-Geral da Presidência, em 19 de maio, sinalizou receptividade positiva às bandeiras do plebiscito. Uma comissão interministerial está sendo formada para manter interlocução com os organizadores.
Lançamentos estaduais e mobilização nas ruas
A fase de lançamentos estaduais já começou. Depois de Pernambuco (21/5), estão programados eventos na Bahia (24/5) e no Rio de Janeiro (2/6), além de outras unidades federativas. A mobilização de rua terá início no começo de junho com panfletagens, atos e rodas de conversa. A coleta de votos começa em 1º de julho e se estende até 7 de setembro, com três mutirões nacionais ao longo do período.
Além das ruas, a votação poderá ocorrer em entidades, assembleias, escolas, atividades culturais e espaços de grande circulação, desde que haja alguém responsável pela urna e registro. A campanha também é vista como oportunidade para atrair novos filiados ao Partido.
Envolvimento da militância e articulações estratégicas
Entre os encaminhamentos aprovados, está a necessidade de indicação imediata de representantes do Partido nas coordenações estaduais do plebiscito, onde ainda não há nomes definidos. Estados como Bahia e Rio de Janeiro foram destacados como exemplos positivos de protagonismo.
O Fórum orientou ainda que as direções partidárias aproveitem a realização das conferências do Partido para instalar urnas e estimular o debate sobre as pautas do plebiscito. A proposta é também levar a votação para conferências nacionais temáticas, como a Conferência de Saúde do Trabalhador, de 18 a 21 de agosto, cujo tema está diretamente ligado à pauta do plebiscito.
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e outras entidades integrantes do Fórum também estão mobilizadas para realizar votações em seus processos congressuais.
Participação no Fórum Interconselhos
Outro ponto estratégico foi a orientação para que lideranças do Partido que integram o Fórum Nacional Interconselhos intervenham na plenária geral do dia 27 de maio, reforçando o plebiscito como instrumento de mobilização nacional. O Fórum reúne centenas de representantes de entidades e movimentos sociais, muitos sem filiação partidária, com grande potencial para ampliar o alcance da campanha.
Calendário Nacional do Plebiscito
Maio
- 26: Plenária nacional de Comunicação (online)
- 27: Plenária nacional geral (online)
- 29 a 31: Curso nacional de formação (presencial, Praia Grande/SP)
Junho
- 6 a 8: 1º Mutirão nacional de mobilização
Julho
- 1º: Início da coleta de votos
- 4 a 6: 1º Mutirão nacional de coleta
- 16 a 20: Congresso da UNE (ações e coleta)
- 25 a 27: 2º Mutirão nacional de coleta
Agosto
- 29 a 31: 3º Mutirão nacional de coleta
Setembro
- 1º a 7: Semana nacional de coleta de votos
Participantes da reunião
Entre os presentes, estiveram representantes de entidades estudantis, sindicais, populares e secretariados estaduais e nacionais do PCdoB. O coordenador do Fórum dos Movimentos Sociais do Partido, Gustavo Petta, justificou sua ausência por estar em missão no exterior.
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