Dados do Novo CAGED, do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que no primeiro trimestre de 2025, foram eliminados 1.197 postos de trabalho no setor bancário – número 67,8% superior ao registado no mesmo período de 2024. A pesquisa mostra que, em 12 meses, os banqueiros jogaram no olho da rua 7.473 trabalhadores e que, só no mês de março, foram 1.111 postos de serviços bancários cortados.
A pesquisa mostra que os maiores responsáveis pela essa enxurrada de demissões no setor bancário foram os Bancos Múltiplos com Carteira Comercial (Bradesco, Itaú/Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), responsáveis por 5.408 fechamento de vagas bancárias em 12 meses, com destaque para a Caixa Econômica Federal que, através dos famigerados Planos de Demissão “Voluntária” (PDV), foi responsável por 2.901 demissões.
É patente que os banqueiros utilizam as demissões para intensificar a exploração dos trabalhadores, ampliando seus lucros. As demissões em massa, promovidas pelos banqueiros, ocorrem em todo do País, e os cortes na categoria representam uma política sistemática dos bancos
A demissão é a política dos banqueiros para crise. Fica evidente que os banqueiros querem a todo custo aumentar ainda mais a exploração dos trabalhadores por meio das demissões.
Os banqueiros aproveitam as demissões para impor o arrocho salarial e a superexploração daqueles que permanecem no setor. Hoje um bancário executa o serviço de três ou mais trabalhadores por falta de pessoal nas agências e departamentos bancários.
Diante da ofensiva dos banqueiros, a luta pela estabilidade no emprego deve ser uma pauta fundamental para a categoria bancária no próximo período. Uma das principais bandeiras defendida pelos bancários desde a muito tempo e sempre rejeitada pelos banqueiros.
É necessário organizar, imediatamente, uma verdadeira campanha através dos métodos tradicionais de luta da classe trabalhadora: greve, ocupações, criação de comitês de lutas e de greve em todas as dependências, etc., contra toda essa política reacionária dos banqueiros.