Na última quinta-feira (22), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino revelou, durante sessão em Brasília, ter recebido uma mensagem com ofensas e ameaças via ouvidoria da Corte. O texto, que o chamou de “canalha e rocambole do inferno”, dizia: “um cara como você tem que apanhar de murro por cima da cara, arrancar dente por dente da tua boca. É na porrada. Bastam cem homens aí em Brasília, invadem o STF e expulsam”.

Dino relacionou o caso a uma ameaça de bomba no Ministério do Desenvolvimento Social no mesmo dia e ao atentado de 13 de novembro de 2024, quando o bolsonarista Francisco Wanderley tentou invadir o STF com explosivos e se matou. Ele afirmou:

“O espírito do tempo é de cultivo de ódio em escala criminosa. As caixas de comentários das redes sociais ganham densidade quando penetram na mente humana e se transformam em força material. O regime de segurança não é o mesmo de dez anos atrás. Não sei se esse senhor ou outro resolve invadir aqui, como já aconteceu.”

A reação exagerada à mensagens é útil para recrudescer a campanha repressiva, mas reflete também descontentamento popular com Dino e o STF por ações contra os direitos democráticos da população e nesse momento, mais concretamente, contra o bolsonarismo e os opositores do sionismo no País – caso do PCO que enfrenta a ameaça de ser cassado -, parece desproporcional. O Datafolha indica que 35% dos brasileiros desaprovam o STF em 2025. A segurança da Corte segue reforçada, segundo a Agência Brasil.

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Last Update: 24/05/2025