A Rússia afirmou nesta sexta-feira 23 que derrubou 112 drones ucranianos durante a noite, em ataques aéreos direcionados contra vários pontos do país, incluindo a região de Moscou, ações que perturbaram o funcionamento de vários aeroportos pelo terceiro dia consecutivo.
A partir da noite de quinta-feira, “os sistemas de defesa antiaérea destruíram e interceptaram 112 drones aéreos ucranianos”, incluindo 24 que voavam em direção a Moscou, informou o Ministério da Defesa russo em um comunicado.
Na região de Lipetsk, 450 km ao sudeste de Moscou, a queda de um drone em uma zona industrial da cidade de Yelets provocou um incêndio que deixou oito feridos, anunciou o governador regional, Igor Artamonov, no Telegram.
Rússia e Ucrânia travam uma batalha com drones explosivos lançados quase diariamente desde que Moscou iniciou uma ofensiva contra a ex-república soviética há mais de três anos.
Desde quarta-feira, os ataques se intensificaram dos dois lados, com os drones ucranianos apontando especialmente contra a capital russa, que pouco havia sido atacada até o momento, o que paralisou os aeroportos de Moscou em vários momentos.
O presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou os apelos de Kiev, Washington e de países europeus por um cessar-fogo duradouro.
A Rússia controla quase 20% do território da Ucrânia, incluindo a península da Crimeia anexada desde 2014.
O balanço do conflito é de pelo menos dezenas de milhares de mortos. Os combates forçaram milhões de ucranianos a fugir de cidades e vilarejos do leste e sul do país.
Troca de prisioneiros
Apesar dos ataques, os dois países trocaram ‘uma grande quantidade de prisioneiros nesta sexta-feira 23. A informação foi confirmada por Donald Trump, presidente dos EUA, que tenta atuar como mediador para o fim da guerra.
“Uma grande troca de prisioneiros acaba de ser concluída entre Rússia e Ucrânia”, escreveu Trump em uma rede social, sem precisar o número de pessoas libertadas de cada lado.
A estimativa é de que a troca envolva 2 mil pessoas, sendo mil prisioneiros de cada país. O acordo teria sido fechado na semana passada, quando representantes de Kiev e Moscou fizeram a primeira negociação direta desde o início da guerra. O encontro aconteceu na Turquia.
(Com informações de AFP)