Um conflito bilionário que, além de envolver pesos-pesados do setor empresarial, expõe a promiscuidade estrutural entre os poderes Judiciário e a advocacia de parentes de magistrados. Ainda que se fosse legalmente autorizada, essa prática fragiliza a imagem de imparcialidade do sistema judicial e antecipa uma possível onda de impedimentos — que, por sua vez, pode afetar o julgamento de um dos maiores litígios financeiros do país. A disputa envolvendo o Grupo Petrópolis mobiliza um batalhão de advogados — entre eles, ao menos dez parentes de ministros do STF e STJ. Estão na linha de frente familiares de Gilmar Mendes (foto/reprodução internet), Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Nunes Marques e Salomão, defendendo interesses opostos em tribunais de várias instâncias. O caso pode chegar ao Supremo. Se isso ocorrer, a Corte corre o risco de paralisar: a lei impede que ministros julguem ações com atuação de cônjuges ou parentes. O imbróglio lança luz sobre os bastidores de uma prática recorrente, mas controversa — e alimenta a dúvida: a Justiça é mesmo cega, ou só finge que não vê?

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Last Update: 23/05/2025