Mais de 14 mil bebês podem morrer de fome em Gaza nos próximos dias. Ninguém sabe dizer, aqui de longe, o nome de nenhum deles, nem das mães, dos pais, dos irmãos.
Não se sabe nada sobre os nomes dos palestinos condenados à morte por Israel. Nada. Só se sabe o nome de vítimas do outro lado, do lado que massacra crianças, velhos e mulheres, para que morram com bombas e de fome.
São mais de 15 mil crianças mortas desde o início do genocídio. É mais ou menos o mesmo número de órfãos, sem pai e sem mãe.
Aquelas crianças que aparecem nas filas por alimentos na TV e saem com panelas e bacias com sopas fumegantes são crianças sem pais.

Elas não deveriam estar carregando vasilhas com comida quente. E ninguém sabe os nomes delas, só os parentes e vizinhos que moram em Gaza.
Matam crianças em Gaza mais do que os nazistas mataram na guerra. Não se vislumbra uma saída. Porque hoje o neonazismo tem o apoio dos que combateram o nazismo na Segunda Guerra.
Há crianças sem pernas, sem braços, com cabeças dilaceradas pelos estilhaços de bombas. Os militares e os civis neonazistas israelenses matam crianças com a mesma crueldade com que o nazismo matou os seus nos anos 40 do século passado.