A mais recente edição da revista Focus Brasil, editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA), apresenta matéria de capa sobre a participação da presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do BRICS, Dilma Rousseff, em um seminário da FPA, realizado em São Paulo, na última terça-feira (20).

Em sua fala destacada na revista, Dilma Rousseff discutiu a crescente instabilidade e a ameaça interna à posição dominante do dólar americano no sistema financeiro global. Ela apontou a instabilidade política e a política comercial dos EUA como fatores que impulsionam a busca por um mundo multipolar e pela desdolarização. No seminário, Dilma defendeu o uso de moedas locais em financiamentos pelo NDB como parte dessa transição em curso.

“O sistema internacional foi moldado pelos acordos de Bretton Woods, aliados à relativa estabilidade da economia americana. Isso permitiu ao dólar atuar como moeda de reserva por décadas”, explicou Dilma. “Mas esse papel hegemônico, sustentado pelo uso obrigatório do dólar, trouxe também um efeito colateral: a desindustrialização americana, resultado do privilégio de financiar seus déficits com recursos externos praticamente sem custo”, expôs a presidenta.

A edição também traz uma análise detalhada do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD) de 2024, do MapBiomas. A boa notícia é a redução de 32,4% na área total desmatada em relação a 2023, marcando o segundo ano consecutivo de queda. Todos os biomas, exceto a Mata Atlântica, que se manteve estável, apresentaram diminuição, com destaque para a redução expressiva no Pantanal (-58,6%) e no Cerrado (-41,2%). Goiás foi o estado que mais reduziu o desmatamento (-71%).

Apesar da melhora geral, a reportagem ressalta que a pressão da agropecuária continua sendo a principal causa do desmatamento no país, respondendo por 97% da devastação nos últimos seis anos. Outros vetores como garimpo na Amazônia e projetos de energia renovável na Caatinga também são mencionados como relevantes para biomas específicos. Terras Indígenas e Unidades de Conservação, apesar de perderem área, apresentaram queda no desmatamento total.

No âmbito econômico, a Focus Brasil informa que as vendas no setor de supermercados atingiram um recorde em março de 2025, segundo dados do IBGE. O crescimento de 8,1% na comparação anual é atribuído a fatores como estratégias de descontos, abertura de novas lojas, leve recuperação do poder de compra e a queda nos preços de itens essenciais, além do auxílio do crédito consignado.

Contudo, a matéria finaliza com um alerta de especialistas: apesar do recorde de vendas, o desempenho do setor pode enfrentar desafios no segundo semestre devido à pressão de custos logísticos e às incertezas em relação à trajetória da inflação.

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Da Redação

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Last Update: 22/05/2025