O presidente norte-americano Donald Trump fechou um acordo de última hora em torno dos gastos para que seu “belo projeto de lei” em torno dos impostos fosse aprovado na Câmara dos Representantes.
Porém, o pacote legislativo não foi bem recebido por um dos principais clientes do governo: os detentores de títulos da dívida norte-americana.
Dados da Bloomberg mostram que o rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos ultrapassando novamente a marca de 5% nesta quarta-feira, no que pode ser interpretado como “uma dose de dura realidade econômica na política fiscal de Trump”.
Quando os rendimentos dos títulos da dívida aumentam, existe a ameaça de comprometimento do crescimento econômico por conta do impacto nos custos de empréstimos, sem contar a piora fiscal.
Na última semana, a agência de rating Moody’s não apenas rebaixou a nota soberana dos Estados Unidos como projetou que a dívida do país chegaria a 134% do tamanho da economia em 10 anos, ante aproximadamente 100% hoje.
Tal prognóstico é bem distante da visão traçada por Trump no mês de março, quando prometeu que o orçamento do país estaria equilibrado “em um futuro próximo”, e seus assessores argumentam que o pacote vai destravar gastos e investimentos.