Não tem segredo, companheiros, o tempo é implacável para revelar a verdade.
O desmonte do setor de petróleo nacional implementou o “preço livre” de combustíveis – livre do povo e nas mãos das grandes distribuidoras. Não tenhamos dúvidas: a privatização da BR Distribuidora, Liquigás e Gaspetro faz hoje o povo pagar mais caro pelos combustíveis.
A categoria petroleira sempre denunciou que acabar com a ideia do “poço ao posto” da Petrobrás iria prejudicar o país. A campanha “Privatizar faz mal ao Brasil” nunca fez tanto sentido.
O tempo está aí mostrando que as distribuidoras de combustível, agora nas mãos de particulares, estão aumentando os preços para elevar seus lucros, cobrando mais do que a Petrobrás cobrava nos tempos da BR Distribuidora. O tempo também está provando que as refinarias privadas repassam preços maiores que as refinarias públicas.
O preço nas refinarias públicas está caindo, enquanto nas refinarias privadas e nas distribuidoras particulares o valor se mantém estável ou até aumenta, mesmo com a queda do barril de petróleo e do dólar.
O povo está pagando mais caro no combustível para encher os bolsos de bilionários e até financiar o crime organizado, já que o próprio PCC tem aumentado sua atuação em postos de gasolina.
A inflação não dá trégua, muito por causa desses preços abusivos dos combustíveis, e o trabalhador acaba pagando mais caro por tudo. E ainda vê suas dívidas crescerem porque os juros estão nas alturas.
Está na hora do país começar um debate sério sobre a reestatização dos setores estratégicos. Não dá para a economia ficar refém de meia dúzia de bilionários que só pensam no lucro e ainda prestam serviços ruins.