Na última segunda-feira (19), o Movimento Ahrar divulgou uma nota em que denunciou Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, como uma “desgraça anti-nacional” por um acordo com o presidente libanês Joseph Aoun para desarmar os campos palestinos no Líbano. O encontro, realizado na quinta-feira (15), resultou em um acordo inédito, que, segundo o Ahrar, confirma a traição de Abbas ao povo palestino.
O Movimento Ahrar afirmou que Abbas “afunda cada vez mais na desgraça anti-nacional, veste a traição como uma insígnia de honra e lidera um esforço regional para proteger a entidade sionista e eliminar qualquer ameaça futura a ela.” O movimento também criticou Abbas por usar recursos palestinos em uma visita ao Líbano, descrevendo-a como uma ação “traiçoeira” em alinhamento com os objetivos da ocupação sionista. “Isso é uma traição nacional que merece retaliação”, declarou o Ahrar.
O acordo com Aoun visa desarmar os campos palestinos, o que, segundo o movimento, reforça a divisão nacional e enfraquece a resistência. A decisão de Abbas, neste contexto, é vista como um alinhamento com interesses externos, ignorando a luta do povo palestino. Eis o comunicado do partido revolucionário divulgado no Telegram:
“Movimento Ahrar:
— Mahmoud Abbas afunda cada vez mais na desgraça antinacional, ostenta a traição como uma medalha de honra e lidera um esforço regional para proteger a entidade sionista e eliminar qualquer ameaça futura a ela.
Num momento em que nosso povo palestino está sendo massacrado de ponta a ponta — enfrentando genocídio e limpeza étnica nas mãos da máquina de violência sionista — e quando os Estados ocidentais e europeus começam a mudar suas políticas em relação ao comportamento nazista da ocupação e a reconhecer a justiça de nossa causa, Mahmoud Abbas, usando os fundos e recursos do povo palestino, embarca em uma visita traiçoeira ao Líbano. Lá, ele chega a um acordo sem precedentes com o presidente Joseph Aoun para desarmar os campos palestinos, confirmando que ele e sua Autoridade [Palestina] se tornaram um novo Antoine Lahad e um porrete de obediência levantado contra nosso povo e seus sacrifícios em favor da entidade sionista.
Tais visitas arrancam a máscara e reforçam a convicção de que Abbas e seus comparsas desempenham um papel traiçoeiro: intensificando a pressão sobre Gaza — contra a qual verdadeiros crimes de guerra estão sendo cometidos — e minando a resistência que ele há muito afirma, em todos os fóruns internacionais, se opor.
Essa submissão e alinhamento com os objetivos da ocupação sionista e seus líderes nazistas, buscados em troca de ganhos pessoais e privilégios de uma cadeira governante, aprofundando o estado de divisão nacional e fraturando a base popular — constitui uma facada pérfida nas costas e mais um ato de traição adicionado ao longo histórico de Mahmoud Abbas, protegido da ocupação e escravo da coordenação de segurança.
Advertimos Mahmoud Abbas e os líderes sionizados de sua Autoridade que tal conduta é uma traição nacional que merece retaliação. Nosso povo e sua resistência não tolerarão nenhum colaborador traiçoeiro, nem aceitaremos um ‘Exército Lahad’ em solo palestino.”