A própria ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pediu a demissão de Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), ao PL após o vazamento de mensagens com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. O desligamento impõe um racha interno no partido sobre as eleições de 2026.
Segundo o Blog da Andreia Sadi no g1, Michelle ficou incomodada com a troca de mensagens. O diálogo foi vazado em meio a um racha interno no partido, que expõe a disputa pela cabeça da chapa que disputará a Presidência em 2026.
Michelle é vista por uma ala do PL como a favorita ao posto, mas outros membros da sigla avaliam que a ex-primeira-dama seria um nome melhor para a disputa por cadeira no Senado Federal. Wajngarten e Cid fazem parte do segundo grupo.
A própria família Bolsonaro está dividida sobre a disputa. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por exemplo, defende que a madrasta seja a candidata, mas seus irmãos não compartilham da mesma avaliação.
Wajngarten foi demitido após o vazamento de uma conversa com Cid de janeiro de 2023. Na ocasião, ele compartilhou uma notícia sobre a possibilidade de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, lançar Michelle como candidata em 2026. O militar respondeu: “Prefiro o Lula. Hahahaha”. O ex-secretário concordou e escreveu: “Idem”.
A própria demissão de Wajngarten tem gerado um racha entre bolsonaristas. O pastor Silas Malafaia, por exemplo, chamou a decisão do PL de “covardia” e alegou que também tem conversas do mesmo teor com aliados.
O religioso ainda disse que Wajngarten, que atuado como marqueteiro e advogado de Bolsonaro, tem ajudado a melhorar a percepção pública e a situação jurídica do ex-presidente. Portanto, segundo Malafaia, ele não poderia ser demitido agora.
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