A senadora Eudócia Caldas e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

A senadora bolsonarista Eudócia Caldas (PL-AL) tornou-se a única parlamentar do partido a não assinar o requerimento para criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as fraudes no INSS. A decisão da parlamentar está diretamente ligada à indicação de sua cunhada, a procuradora Maria Marluce Caldas, para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Eudócia, mãe do prefeito de Maceió João Henrique Caldas (PL) e esposa do ex-deputado federal João Caldas, evitou assinar o documento para não comprometer a indicação de sua cunhada, que figura em uma das listas tríplices enviadas ao presidente Lula (PT) em outubro para preenchimento de duas vagas no STJ.

A procuradora Maria Marluce Caldas compõe a lista de representantes do Ministério Público, ao lado do procurador Sammy Barbosa Lopes e do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos. A outra lista tríplice apresenta os desembargadores federais Carlos Brandão e Daniele Maranhão (TRF-1) e Marisa Santos (TRF-3).

Eudócia e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foto: reprodução

Direita se aproveita da pauta

Enquanto isso, a oposição ao governo Lula avança com os preparativos para instalação da CPI do INSS, que investigará o esquema bilionário de desvios de aposentadorias e pensões. O escândalo já resultou na demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT).

O requerimento para criação da CPI, protocolado pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), conta com 223 assinaturas de deputados e 36 de senadores. A investigação parlamentar mira nas irregularidades relatadas desde o início de 2023, embora as investigações apontem que os desvios começaram em 2019.

Nas redes sociais, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) viralizou com críticas mentirosas ao governo: “Esse é o maior escândalo da história do Brasil. E é claro, vão espalhar a narrativa de que tudo começou no governo anterior”, quando foi o que aconteceu. Seu vídeo somava 137 milhões de visualizações até esta terça-feira (30).

Do outro lado, petistas como Lindbergh Farias (PT-RJ) defendem que “só com Lula no governo, a operação andou e os culpados começaram a cair”. A estratégia do Planalto agora é abraçar a CPI, mas exigir que o escopo da investigação inclua também irregularidades ocorridas nos governos Temer e Bolsonaro.

O ex-líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), reforçou a necessidade da investigação: “O Parlamento não pode se omitir diante de milhões de brasileiros que confiaram no Estado. Entre eles estão nossos pais, nossos avós, pessoas próximas, que merecem respeito, proteção e uma aposentadoria digna”.

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Last Update: 21/05/2025