A influenciadora bolsonarista Jojo Todynho e o menino angolano Francisco, que seria adotado por ela. Foto: Reprodução

A cantora assumidamente bolsonarista Jojo Todynho (mais famosa pelos memes do que pela música) viajou certa vez para a Angola, conheceu Francisco, uma criança em situação de vulnerabilidade, e prometeu adotá-lo para “realizar o sonho de ser mãe.”

Já com o processo de adoção em curso – e a criança, muito provavelmente, sonhando com uma vida melhor no Brasil -, a mulher simplesmente desistiu da adoção e descartou Francisco como uma bolsa que saiu de moda.

Imagino Jojo olhando para os filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso (que adotaram crianças pretas às quais dedicam notórios amor e cuidado) e já sonhando com os likes.

Realizar sonho da maternidade uma ova: ela surfou na onda e tentou ser uma famosa benevolente que adota crianças vulneráveis, mas, ao perceber que o buraco é mais embaixo, deu pra trás.

Jojo, criar uma criança não é fácil como tirar pink money de gay otário, coisa que você fez a vida inteira.

Criar uma criança é pra valer – e não é preciso só dinheiro, precisa de coragem, responsabilidade e amor, coisas que você já mostrou que lhe faltam.

E eu ainda não contei a cereja do bolo: ela desistiu de adotar a criança no meio do processo por considerar difícil “mantê-lo seguro no nosso país, que está um caos.”

Primeiro: essa justificativa não cola. Ou a querida não sabia que o país estava um “caos” quando se propôs a adotar a criança?

Segundo: a própria Jojo contribuiu para o caos do qual se queixa ao apoiar um presidente genocida, virar as costas para a comunidade gay (responsável em grande parte pro seu sucesso) e se declarar “mulher preta de direita.”

É curioso: quem mais reclama que o país está um “caos” só contribui para que o caos se estabeleça e se alastre.

Ainda não se sabe exatamente as consequências da atitude irresponsável de Jojo, mas uma coisa é certa: não dá pra deixar impune alguém que usa uma criança pra se autopromover e depois a descarta como uma carne podre.

O Projeto de Lei do Senado (PLS) 370/2016 altera a lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) garante que os adotantes que desistirem durante o estágio de convivência sem apresentar uma justificativa válida, como fez a cantora, poderão ser excluídos permanentemente do cadastro de pretendentes e perder o direito de adotar no futuro, e ainda podem ser obrigados a indenizar a criança por danos morais.

Rogo para que a justiça seja impiedosa com essa mulher, e que garanta a essa criança, tratada como objeto que pode ser desejado e depois devolvido conforme a conveniência de uma adulta irresponsável, possa ser minimamente recompensada pela situação que sem dúvidas lhe trará traumas de difícil reparação.

Criança não é brinquedo, Jojo. Eu sei que você olha pra uma criança preta e vê apenas um like gigante, mas não se brinca desse jeito com a vida de um inocente. Pare de usar crianças pra ganhar palco e adote um bebê reborn.

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Last Update: 21/05/2025