O empresário Cristiano Piquet confirmou à Polícia Federal que transportou uma mala de joias do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva de Orlando para Miami, nos Estados Unidos, mas alegou que não sabia o conteúdo dela. Ele, que atua há 20 anos no ramo de corretor imobiliário do país, foi ouvido pela corporação na condição de testemunha.
Seu depoimento ocorreu em meio às diligências realizadas pela PF nos EUA e sua oitiva foi incluída no inquérito. O kit de joias transportado por ele, composto por estátuas de palmeira e um barco folheados a ouro, foi levado ao país pelo tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens de Lula, no dia 30 de dezembro de 2022.
À época, o ex-presidente estava hospedado na casa do lutador de MMA bolsonarista José Aldo, em condomínio em Orlando. Piquet foi o responsável por intermediar a estadia e partiu de carro de Miami até Orlando para ajudá-lo.
Quando estava prestes a retornar a Miami, Piquet foi abordado por um segurança de Lula, que pediu para que ele levasse a mala até a região.
“Eu tava em Orlando, né, fui lá só pra atender eles de carro. Aí na volta o segurança me fala: ‘Piquet, você tá voltando pra Miami?’. Eu falei: ‘tô’. ‘Pode levar essa mala?’, ‘Posso.’ ‘Alguém vai pegar com você lá’. Eu falei: ‘beleza’. Nem mexi na mala, por respeito ao presidente. Cheguei e coloquei”, afirmou o empresário em entrevista ao portal UOL.
Ele afirma que recebeu uma ligação de Cid um dia depois de transportar a mala, mas não deu mais detalhes sobre onde as joias foram deixadas ou quem recebeu os itens. “Morreu o assunto. Um mês depois é que eu fui saber na mídia”, prosseguiu.
O empresário diz que a PF entendeu que ele não teve culpa no caso ou participação no esquema. “Ainda fiquei preocupado, porque às vezes você faz um negócio e não pode alegar que não sabia. Eu perguntei pra eles. Eles falaram assim: ‘não, nisso você tá de gaiato nessa história’. E aí me liberaram da investigação. Eu não sou nem investigado, só entrei como testemunha, dei minha versão”, completou.
O inquérito que apura a venda ilegal de joias no exterior foi concluído nesta quinta (4) pela PF, que indiciou o ex-presidente por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. Além dele outros 11 aliados foram indiciados.
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