O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes – Foto: Reprodução

Os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes ofereceram algumas lições de como veem a História ao trocarem impressões, na sessão dessa terça-feira, sobre como a ditadura militar tratou o Judiciário.

E observaram como é o tratamento dos fascistas de hoje, que ameaçaram matar ministros da Corte. Não, não digam que eles atenuaram os crimes da ditadura.

Apenas mostraram que a chinelagem bolsonarista chegou a ter um plano para assassinar ministros, que nem os militares do pós-64 tiveram a petulância de arquitetar.

Sim, todos sabemos que os militares da ditadura mandaram matar os inimigos, mas com o cuidado de não fazer ameaças diretas aos ministros do STF.

Que, como disse Dino, foram cassados (três deles, Hermes Lima, Vítor Nunes Leal e Evandro Lins e Silva, em 1969), com dois “s”, mas não com “ç” cedilha, como o bolsonarismo tentou fazer em 2022 ao caçar e tentar matar Alexandre de Moraes.

Dino pode ter exagerado ao dizer que ninguém na ditadura cogitou matar ministros, mas que eles foram cassados. Naquele período, o STF foi amordaçado, mas os ditadores, disse Dino, não desobedeciam decisões da Corte.

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal – Foto: Reprodução

O exagero pode estar no fato de que é possível, sim, que alguém tenha pensado em matar também ministros do Supremo e ninguém tenha ficado sabendo.

A outra hipótese, para a inexistência de tentativas nesse sentido, ao contrário do que ocorreu agora, é que os militares sabiam que, com a ditadura consolidada, tinham o controle absoluto das instituições, incluindo o STF.

O certo é que o Supremo foi controlado pelos milicos, a partir de 1965, quando até o número de ministros foi aumentado para que uma maioria tranquila assegurasse vitórias aos ditadores. Mas sem que se soubesse de planos para assassinar seus membros.

Provavelmente porque os generais daquela época, mesmo que fossem cruéis, não eram tão medíocres e imbecis como os de agora.

Abaixo, o link para uma reportagem do G1, de 2014, que ajuda a entender o que aconteceu com o STF depois do golpe. Não foi pouca coisa.

https://g1.globo.com/politica/50-anos-do-golpe-militar/noticia/2014/03/golpe-de-1964-fez-do-supremo-um-enfeite-institucional-diz-pesquisador.html

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Last Update: 21/05/2025