
Aliados de Jair Bolsonaro (PL) apostam que o melhor cenário para 2026 envolve o ex-presidente em prisão domiciliar, apoiando Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa pelo Palácio do Planalto. Segundo esses aliados, a condenação de Bolsonaro no inquérito que apura a tentativa de golpe para manter seu poder após a derrota para Lula (PT) é vista como inevitável.
Diante disso, a prioridade jurídica seria garantir que Bolsonaro cumpra a pena em casa, como ocorreu com Fernando Collor, buscando uma prisão domiciliar humanitária para o ex-presidente. Essa estratégia ganha força diante da dificuldade de aprovação da anistia via Congresso, que Bolsonaro tenta usar para escapar das punições, mas que encontra resistência e perde adesão popular nos atos de rua.
Para os aliados, a saída mais viável é eleger um candidato comprometido a conceder o indulto a Bolsonaro após a vitória. Por isso, há uma movimentação para convencer o ex-presidente a desistir de lançar sua candidatura e apoiar uma chapa que garanta esse compromisso, mesmo que para isso o candidato precise assumir o compromisso público de perdoar Bolsonaro.

Um exemplo dessa postura veio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que em entrevista afirmou que, caso eleito presidente, pretende anistiar Bolsonaro. Esse posicionamento tem servido de parâmetro para a cobrança feita pelos bolsonaristas ao atual pré-candidato Tarcísio de Freitas.
A cobrança é para que Tarcísio assuma o compromisso com o indulto ao ex-presidente, considerado fundamental para garantir o apoio da extrema-direita bolsonarista. Sem essa sinalização clara, aliados avaliam que o apoio pode ficar comprometido, atrapalhando as chances do candidato do Republicanos.
Por outro lado, a relação entre Bolsonaro e setores militares, que foram base importante na carreira do ex-presidente, apresenta sinais de desgaste. Militares demonstram incômodo após declaração de Bolsonaro, em que disse que, em um novo mandato, indicaria menos militares para cargos no Planalto.
Essa declaração gerou reação negativa, já que Bolsonaro sempre explorou a imagem de forte aliado das Forças Armadas. O afastamento desse grupo pode representar mais um desafio para o ex-presidente na tentativa de manter influência política.
Assim, o cenário para 2026 ainda depende do alinhamento entre Bolsonaro, Tarcísio e demais aliados, com o indulto como moeda fundamental para garantir apoio dentro do grupo bolsonarista.
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