O advogado Jeffrey Chiquini e seu cliente, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo. Foto: Reprodução

O advogado Jeffrey Chiquini, que defende o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo no processo da trama golpista, acusou um funcionário do Supremo Tribunal Federal (STF) de tentar envenená-lo. Ele está na Corte nesta terça (20) para acompanhar o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o “núcleo 3”.

Segundo o advogado, ele foi proibido de entrar com uma garrafa de água no julgamento. Um funcionário teria “confiscado” o recipiente e dito que a própria Corte ofereceria bebida a ele. Chiquini diz que prefere “passar sede” a partir de agora.

“O Brasil vive tempos realmente sombrios. Tirei minha garrafinha d’água da bolsa para beber da minha própria água, e um funcionário do STF veio até mim e pediu minha garrafa, dizendo que eu não poderia ter entrado com ela. Exatamente isso. Tive uma garrafinha (de plástico e transparente) d’água confiscada na Suprema Corte”, escreveu o advogado no X.

Ele diz que não queria se “indispor” ou “discutir por água”, mas levantou suspeitas sobre a atitude do funcionário do Supremo. “Questionei: o que poderia haver dentro de uma garrafa d’água de um advogado habilitado nos autos e de beca? Ele me disse que o tribunal fornece água para os advogados. Então, vou passar sede hoje”, completou.

A página do Supremo no X respondeu à publicação informando as regras para permanecer em uma sessão e esclareceu: “Não é permitido levar ou consumir comidas e bebidas para esse espaço. No hall de entrada, água e café estão sempre disponíveis para quem quiser. As regras valem para qualquer pessoa que ingresse no ambiente”.

O tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, cliente de Chiquini, é integrante dos “kids pretos”, Força Especial do Exército, acusado de atuar no planejamento da trama golpista. Segundo a Polícia Federal, ele respondia pelo codinome “Brasil” em mensagens interceptadas por investigadores.

Ele foi preso preventivamente em novembro passado por suspeita de integrar o grupo que produziu o plano “Punhal Verde Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Alexandre de Moraes.

O militar teve as visitas suspensas pelo Supremo após sua irmã tentar entrar no local em que está preso com um fone de ouvido escondido dentro de uma caixa de panetone.

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Last Update: 20/05/2025