Experiências ao vivo ganham força na comunicação de marcas
O investimento em experiências de marca no Brasil ultrapassou R$ 100 bilhões em 2024, segundo o Anuário Brasileiro de Live Marketing.
O dado reforça o papel das ativações presenciais combinadas a estratégias digitais como ferramenta para gerar engajamento.
Nesse cenário, a integração entre canais e a atenção ao comportamento do público se tornam pontos centrais para ampliar a conexão com consumidores.
Ale Tcholla, sócio e diretor criativo da agência Blood, defende o conceito de non-stop experience como modelo eficaz para estruturar ações de marca.
Segundo ele, “a jornada precisa ser planejada desde o primeiro contato até o pós-evento, com consistência e propósito claros”.
Ativação precisa estar alinhada ao propósito da marca
Para Tcholla, uma ação sem alinhamento com o posicionamento da marca tende a perder impacto.
“É necessário conectar o propósito ao interesse do público para que o evento se transforme em uma relação duradoura”, afirma.
A seguir, ele lista cinco pontos que ajudam a transformar ações pontuais em conexões mais efetivas.
1. Estruture o projeto com propósito e continuidade
O planejamento começa por um briefing claro e conectado à identidade da marca.
A proposta deve permitir interações relevantes, com potencial de continuidade após o evento.
“Afinal, para ter engajamento, tem que ter constância”, reforça Tcholla.
2. Integre o físico com o digital
Mesmo que nem todos os projetos permitam integração total, é possível criar uma jornada conectada.
Isso exige atenção ao perfil do público e aos objetivos da ação.
“Cada etapa da jornada contribui para transformar o evento em um vetor de relacionamento”, explica o diretor.
3. Use tecnologia para reforçar a mensagem da marca
Segundo Tcholla, o digital deve funcionar como ferramenta de reforço e não como distração.
“A ideia é usar a tecnologia para ampliar a mensagem da marca e otimizar os resultados da ação”, afirma.
Experiências imersivas, interativas ou com dinâmicas de entretenimento podem cumprir esse papel quando bem aplicadas.
4. Personalize a experiência conforme o perfil do público
Coletar e interpretar dados sobre o participante permite criar abordagens segmentadas.
“Quanto mais informações sobre o público e sobre a marca tivermos, melhor será a experiência gerada”, diz Tcholla.
Ele destaca que a personalização transforma interações pontuais em relações mais consistentes.
5. Garanta relevância e utilidade na entrega da mensagem
O conteúdo da ativação deve ser útil, informativo ou agregar valor concreto à audiência.
Para o especialista, esse alinhamento fortalece o branding e aumenta o potencial de compartilhamento da mensagem.
“Uma ação conectada com o que a marca quer dizer é mais eficaz que uma experiência apenas divertida ou tecnológica”, explica.
Mensagem final deve refletir o posicionamento da marca
Tcholla alerta que recursos imersivos, como jogos ou realidade aumentada, não garantem engajamento por si só.
“Apresentar um game não é mais novidade. O ideal é propor uma ação que faça sentido para o posicionamento da marca e sua narrativa”, conclui.