Mesmo com tensões comerciais internacionais, o Brasil avança economicamente, destacando-se entre as grandes potências mundiais
Enquanto o mundo enfrenta uma tempestade de incertezas geopolíticas, guerras comerciais e políticas protecionistas, o Brasil emerge como um farol de estabilidade e crescimento. Os dados mais recentes da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelam que a economia brasileira cresceu 1,6% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao último trimestre de 2024, com um avanço de 3,5% nos últimos 12 meses. Esses números não apenas confirmam a resiliência do país diante de um cenário global desafiador, mas também destacam a força de setores estratégicos que estão impulsionando o desenvolvimento nacional.
Leia também: PIB do Brasil cresce 1,6% e supera expectativas da FGV
Enquanto os Estados Unidos e a Europa travam uma guerra comercial que ameaça desacelerar o comércio internacional, o Brasil demonstra que sua economia não apenas resiste, mas também avança.
O crescimento de 1,6% no primeiro trimestre reverte a tendência de desaceleração observada no final de 2024, quando o PIB quase estagnou com um aumento de apenas 0,1%. Esse desempenho é ainda mais significativo quando comparado ao de outras grandes economias:
- Os EUA cresceram apenas 1,6% no mesmo período, abaixo das expectativas, e enfrentam pressões inflacionárias persistentes.
- A Europa registrou expansões abaixo de 1%, com a Alemanha revisando suas projeções para apenas 0,3% em 2024.
- A China, apesar de um crescimento robusto (5%), ainda sofre com crises imobiliárias e desaceleração industrial.
Enquanto isso, o Brasil não apenas mantém seu ritmo, mas também supera as projeções iniciais, mostrando que sua economia está em um caminho sólido de recuperação.
O grande destaque do primeiro trimestre foi o setor agropecuário, que registrou um crescimento impressionante de 12,2%. Esse desempenho reforça o papel do agronegócio como um dos pilares da economia brasileira, garantindo não apenas superávits comerciais, mas também segurança alimentar global em um momento em que conflitos e mudanças climáticas ameaçam a produção mundial.
Além disso, o setor de serviços, que representa a maior fatia do PIB, cresceu 1,3%, impulsionado pelo consumo das famílias, que subiu 2,7%. Esse dado é fundamental, pois mostra que, mesmo em um cenário de juros elevados, a população brasileira continua consumindo, sustentando a atividade econômica.
Apesar das tarifas impostas pelos EUA e das tensões comerciais, as exportações brasileiras cresceram 2,8% no primeiro trimestre, com destaque para produtos agropecuários. Essa performance confirma que o país está se beneficiando da reconfiguração das cadeias globais de suprimentos, onde a demanda por commodities confiáveis e sustentáveis coloca o Brasil em uma posição privilegiada.
Além disso, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos, registrou um crescimento de 6,9%. Esse indicador é essencial, pois mostra que, mesmo em um ambiente de incertezas, empresas e governo continuam apostando no Brasil como destino para novos projetos.
É claro que ainda há obstáculos. A indústria de transformação enfrenta dificuldades, com retração em alguns segmentos, o que exige políticas públicas mais assertivas para modernização e competitividade. No entanto, o Brasil tem todas as condições de superar esses desafios, especialmente com:
- Um mercado interno robusto, sustentado por empregos em alta e aumento real do salário mínimo.
- Uma posição geopolítica estratégica, mantendo relações comerciais diversificadas e evitando se alinhar unilateralmente em conflitos globais.
- Recursos naturais abundantes, que garantem não apenas autossuficiência energética, mas também capacidade de exportação em um mundo cada vez mais carente de alimentos e energia limpa.
Enquanto economias avançadas travam batalhas comerciais e enfrentam estagnação, o Brasil prova que seu modelo econômico, baseado em diversificação produtiva, agronegócio forte e consumo interno resiliente, é capaz de navegar em águas turbulentas.
Os números da FGV não são apenas estatísticas—são a confirmação de que o país está no caminho certo para se consolidar como uma das economias mais dinâmicas do mundo nos próximos anos.
A mensagem é clara: enquanto o mundo se fragmenta, o Brasil se fortalece. E, com políticas econômicas inteligentes e investimentos contínuos em infraestrutura e tecnologia, o país não apenas resistirá às crises globais, mas também emergirá como um líder na nova ordem econômica que está por vir.