Na última domingo (18), mais de 100 formandos da Universidade George Washington, em Washington DC, realizaram um protesto em apoio à Palestina durante a cerimônia de formatura no National Mall, segundo a emissora local WJLA. Vestidos com becas e capelos, os estudantes saíram do evento enquanto a presidente da universidade discursava, entoando cânticos e carregando bandeiras palestinas.
Alguns espectadores aplaudiram a ação, mas os manifestantes foram escoltados pela Polícia do Parque dos EUA, sem que o ato interrompesse a cerimônia. Em comunicado, a universidade afirmou: “um pequeno número de manifestantes exibiu cartazes e entoou cânticos durante a cerimônia de formatura da GW no domingo. Os manifestantes foram escoltados pela Polícia do Parque dos EUA. Essas atividades não interromperam o programa, que prosseguiu como planejado”.
O National Mall, local do protesto, é uma área histórica no coração de Washington DC, que se estende do Capitólio ao Monumento a Lincoln, abrigando memoriais e museus, como o Smithsonian. É um espaço tradicional para manifestações nos EUA, palco de eventos como a Marcha sobre Washington de 1963, liderada por Martin Luther King Jr. A escolha do local reforça a visibilidade do movimento estudantil pró-Palestina, que exige o fim dos bombardeios da ditadura sionista em Gaza, onde mais de 50 mil palestinos foram mortos desde outubro de 2023, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.
O protesto na George Washington não foi um evento isolado. Na última quarta-feira (7), a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, registrou nova manifestação pró-Palestina, com estudantes ocupando a biblioteca central. Carregando bandeiras e batendo tambores, os manifestantes, muitos usando máscaras para evitar retaliações, exigiram o fim do genocídio 0e a ruptura de laços financeiros com o enclave imperialista.
A ação foi reprimida pela polícia de Nova Iorque, a pedido do prefeito Eric Adams, que declarou: “não toleraremos nenhum tipo de violência ou ódio na nossa cidade”. O governo de Donald Trump, empossado em 2025, acusou Columbia de conivência com antissemitismo em 2024.
Os estudantes da George Washington também demandaram a desvinculação da universidade de empresas que lucram com a ocupação sionista, a proteção à liberdade de expressão e a criação de um campus como “santuário” para ativistas, segundo postagens no X de 18 e 19 de maio de 2025. Uma estudante, Cecilia Culver, criticou a instituição durante a formatura: “tenho vergonha de saber que a minha mensalidade está sendo usada para financiar genocídio”.
A repressão aos protestos, incluindo prisões e suspensões, tem sido constante. Em 2024, mais de 2.300 manifestantes foram detidos em 45 campi nos EUA, conforme a CNN Brasil, com destaque para ações em Columbia, Yale e Harvard.
A juventude norte-americana tem se colocado na vanguarda da defesa da Palestina, desafiando a repressão policial e as políticas do governo dos EUA, principal aliado do país artificial. As manifestações de maio de 2025 reforçam o papel dos estudantes como força motriz de um movimento que ganha força globalmente, exigindo justiça e o fim da violência em Gaza.