O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, exaltou, nesta segunda-feira 19, o trabalho da Polícia Federal na operação de prisão de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, apontado como um dos grandes líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
“O governo brasileiro teve uma vitória muito importante contra o crime organizado. Foi a prisão de um delinquente de alta periculosidade, integrante de uma organização criminosa do País”, disse o ministro.
Tuta foi preso em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e foi entregue para agentes da Polícia Federal em Corumbá, no Mato Grosso do Sul.

Marcos Roberto de Almeida, o Tuta. Foto: Reprodução/TV Globo
As investigações indicam que o criminoso seria o responsável por administrar a estrutura de lavagem internacional de dinheiro que o PCC fatura com o tráfico de drogas. Ele havia sido condenado a mais de 12 anos de prisão por associação criminosa, mas estava foragido.
O suspeito tentava renovar o visto do seu Cartão de Identidade de Estrangeiro com o nome de Maycon Gonçalves da Silva quando o sistema alertou que ele era procurado pela Interpol.
Para Lewandowski, a integração dos sistemas da Polícia Federal com a Força Especial de Luta Contra o Narcotráfico do País, da Bolívia, foi fundamental para a prisão do criminoso. “O combate ao crime organizado é complexo, que envolve todos os órgãos de segurança locais e internacionais, um intensa cooperação internacional, colaborações intensas com forças da América Latina”, afirmou.
A PEC da Segurança
O ministro ainda usou o caso para fezer um apelo pela aprovação da PEC da Segurança Pública, que está na Câmara dos Deputados. Para Lewandowski, o entrosamento entre forças de segurança, nacionais e internacionais, é o principal objetivo do projeto do governo Lula (PT).
“Investigações começaram em São Paulo, com o combativo Ministério Público paulista. Isso mostra o entrosamento das forças locais com as forças federais. É o que almejamos com a PEC da Segurança”, declarou.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, também participou da coletiva e destacou a rede de cooperação das forças policiais que resultaram na operação. Segundo ele, houve três eixos fundamentais para a prisão: cooperação internacional, identificação biométrica e integração interna.
Já o secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, disse que o “intercambio de informações” foi essencial para a prisão de Tuta. Conforme o secretário, há 22 países com presença de policiais federais brasileiros trabalhando contra o crime organizado.