A área sob alertas de desmatamento na Amazônia caiu 38% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados do sistema Deter-B, do Inpe, divulgados nesta quarta-feira (3/7). No Cerrado houve queda de 15% de janeiro a junho, a primeira redução para o período desde 2020.
No mês de junho houve queda de 31% na Amazônia (457 km², ante 663 km²) e de 24% no Cerrado (662 km², ante 875 km²). Os dados foram apresentados pelas ministras Marina Silva (MMA) e Luciana Santos (MCTI) em entrevista coletiva na sede do MCTI, em Brasília (DF).
“Os dados mostram uma tendência de queda consistente do desmatamento na Amazônia e o início de uma tendência de queda no Cerrado. Isso nos dá esperança de que, vendo o que ocorre na Mata Atlântica, com a queda continuada do desmatamento, vamos conseguir desmatamento zero até 2030”, disse Marina.
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No primeiro semestre, a área sob alertas de desmatamento na Amazônia foi de 1.639 km², a menor desde 2018. O resultado ocorre após redução de 50% em 2023 na comparação com 2022.
De agosto de 2023 a junho de 2024, a área sob alertas de desmatamento no bioma foi de 3.644 km², redução de 51% na comparação com o período de agosto de 2022 a junho de 2023. O número é indicativo da taxa anual de desmatamento, medida sempre de agosto a julho por outro sistema do Inpe, o Prodes. Falta, portanto, um mês para o fechamento do ciclo.
O Prodes usa imagens de satélites mais precisas do que as usadas no Deter, que emite alertas diários para apoiar a fiscalização em campo realizada por Ibama e ICMBio.
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“Os dados são resultado da decisão política e da convicção que move o governo do presidente Lula no desafio da descarbonização do país, de enfrentar a mudança do clima e, portanto, os eventos extremos”, disse a ministra Luciana Santos.
Cerrado
No Cerrado, a área sob alertas de desmatamento no primeiro semestre foi de 3.724 km², queda de 15% na comparação com os 4.396 km² registrados no mesmo período do ano anterior. A área sob alertas de desmatamento no bioma de agosto de 2023 a junho de 2024 (6.571 km²) teve aumento de 16% em relação ao intervalo anterior (5.735 km²).
O resultado indica tendência de estabilização do desmatamento no bioma, após aumento de 43,6% em 2023 na comparação com 2022.
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“É uma tendência que está se configurando, ainda não está consolidada. É extremamente importante, porque a gente tinha o Cerrado em crescimento acelerado”, disse o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco.
Assista aqui à apresentação e à entrevista coletiva.
Do Ministério do Meio Ambiente