O ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta terça-feira (20) a denúncia contra o chamado “núcleo de ações táticas” da tentativa de golpe de Estado, que pode dobrar o número de militares réus no processo. Atualmente, 12 militares já respondem a ações penais; com a nova denúncia, esse número pode chegar a 23. O grupo é acusado de planejar ações para impedir a posse do presidente Lula (PT). Com informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

O núcleo é composto pelo policial federal Wladimir Matos Soares e 11 militares do Exército, incluindo os chamados “kids pretos”.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), eles lideraram ações para monitorar e neutralizar autoridades públicas, além de pressionar o Alto Comando do Exército a apoiar o golpe.

A PGR destaca que o grupo atuou para pressionar o comandante do Exército e o Alto Comando, formulando cartas e mobilizando colegas em prol de ações de força no cenário político.

“Visava-se manter no poder o então presidente Bolsonaro. O grupo atuava junto a influenciadores para atacar, em ambientes virtuais de impacto nos meios castrenses, os oficiais generais que se opunham à quebra da legalidade”, afirmou o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Mensagens analisadas pela Polícia Federal (PF) revelam que Soares chamou de “filhos da puta” o general Hamilton Mourão, ex-vice-presidente de Bolsonaro, e o general Valério Stumpf Trindade, ex-chefe do Estado-Maior do Exército, por não apoiarem a intentona golpista.

Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os arquivos em questão foram enviados ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, na véspera do julgamento, aumentando a tensão entre os investigados.

Entre os acusados, destaca-se o general de duas estrelas Nilton Diniz Rodrigues, que, segundo a PGR, participou de reuniões para desenvolver estratégias de pressão sobre os comandantes.

A defesa de Nilton afirma que “confia na justa análise da denúncia pela Suprema Corte e reafirma a inocência do General, que foi demonstrada a partir de uma sequência lógica de fatos e provas, incluindo as declarações do próprio colaborador Mauro Cid”. A defesa de Wladimir Matos Soares não se manifestou até o momento.

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Last Update: 19/05/2025