Uma operação da Polícia Federal, em conjunto com a Força Especial de Luta contra o Crime da Bolívia, prendeu nesta sexta-feira 16 Marcos Roberto de Almeida, vulgo Tuta. Ele é apontado como principal sucessor de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, na cúpula do Primeiro Comando da Capital.
Tuta estava foragido da Justiça e foi preso em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, por uso de documento falso. As investigações indicam que o criminoso seria o responsável por administrar a estrutura de lavagem internacional de dinheiro que o PCC fatura com o tráfico de drogas. Ele havia sido condenado a mais de 12 anos de prisão por associação criminosa, mas estava foragido.
O suspeito tentava renovar o visto do seu Cartão de Identidade de Estrangeiro com o nome de Maycon Gonçalves da Silva quando o sistema alertou que ele era procurado pela Interpol. “Ao ser identificada dupla identidade, ele foi conduzido à sede da Divisão Central Econômica e Financeira da FELCC (Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen)”, informou a polícia boliviana.
Ele passará por audiência de custódia, onde será formalizada um pedido de extradição ao Brasil. “O indivíduo permanece sob custódia das autoridades bolivianas, aguardando os procedimentos legais que poderão resultar em sua expulsão ou extradição ao Brasil”, diz nota da PF.
Em 2021, o Ministério Público de São Paulo chegou a anunciar que Tuta foi excluído e morto pelo tribunal do crime após ordenar a morte de Nadim Georges Hanna Awad Neto e Gilberto Flares Lopes Pontes, o Tobé, tesoureiro do PCC, sem aprovação formal da cúpula da facção.
Pouco depois, porém, a promotoria descobriu que era uma contrainformação por parte da facção para despistar as autoridades.