
Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiaram a atuação do ministro da Previdência, Wolney Queiroz, durante audiência pública no Senado nesta quinta-feira (15). Com informações do Valor Econômico.
O tema central foi os descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas do INSS. Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, o ministro explicou com clareza o esquema de fraude e atribuiu o início dos descontos ao governo anterior, de Jair Bolsonaro, numa resposta às críticas do ex-ministro Sergio Moro sobre a gestão da Previdência.
No início do dia, o clima era de apreensão em relação à audiência. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que estava na comitiva presidencial para o funeral do ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica, optou por ficar em Brasília para acompanhar o depoimento. Outros integrantes da Secretaria de Relações Institucionais também foram ao Senado, incluindo o secretário especial de Assuntos Parlamentares, André Ceciliano.
O bom desempenho do ministro Wolney foi resultado de um preparo especial. O valor, informou que ele passou por um treinamento de comunicação nos últimos dias para responder às perguntas dos senadores com maior segurança e objetividade. Essa preparação contribuiu para que a apresentação fosse considerada positiva pela equipe do governo.
A avaliação do depoimento gerou até uma mudança na postura de alguns membros do governo. Antes resistentes, passaram a sinalizar apoio à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes no INSS. O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, declarou que o partido apoiará a CPI, desde que a apuração também alcance possíveis irregularidades ocorridas na gestão Bolsonaro.

Apesar dessa movimentação, a orientação da articulação política do governo permanece para que os ministros não assinem formalmente o pedido de instalação da CPI. O requerimento já tem o apoio de 259 deputados e senadores. A cautela visa evitar desgaste político, enquanto as investigações seguem em andamento.
Durante a audiência, Wolney afirmou que “o ladrão entrou na casa” entre 2019 e 2022, para destacar que a fraude começou na gestão passada. O ministro garantiu que o atual governo irá “até as últimas consequências” para apurar e corrigir as irregularidades nos descontos aos beneficiários do INSS, respondendo às cobranças feitas por Sergio Moro sobre maior rigor no combate às fraudes.
Os dados preliminares da Polícia Federal apontam que cerca de R$ 6,3 bilhões foram descontados indevidamente entre 2019 e 2024, mas a investigação ainda não definiu com exatidão o início do esquema. O governo segue acompanhando o caso de perto, reforçando o compromisso com a transparência e a proteção dos aposentados e pensionistas.
O desempenho do ministro no Senado foi avaliado como positivo pelo governo, que vê sua postura como clara e objetiva na explicação das medidas adotadas contra as fraudes, apesar das críticas feitas durante a audiência. Wolney reforçou o compromisso da pasta em combater as práticas ilegais e garantir a proteção dos benefícios dos segurados.
🗣️ Fraudes no INSS
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, após ser acusado de inação por Sérgio Moro (União-PR), rebate e fala que, por ter sido ministro da Justiça durante o governo Bolsonaro, o ex-juiz também deveria ter coibido as fraudes pic.twitter.com/mrtn6t3S8T
— Metrópoles (@Metropoles) May 15, 2025
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