Diferentemente do que ocorreu com o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que contou com o apoio expressivo de 315 parlamentares para suspender uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada Carla Zambelli (PL-SP) deve enfrentar um cenário de isolamento na Câmara.

Condenada por unanimidade pela Primeira Turma do STF a dez anos de prisão e à perda do mandato, ela não deverá receber o mesmo respaldo dos bolsonaristas na Casa Legislativa. O processo contra a parlamentar, relacionado à invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ainda não tem previsão de análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), tampouco no plenário da Câmara.

Fontes ouvidas pela Carta Capital indicam que há pouca disposição entre os colegas para abraçar a causa de Zambelli, que é vista como um caso “perdido” — diferente de Ramagem, cujo processo envolvia suspeitas relacionadas a desvios em emendas parlamentares e gerou um movimento de autodefesa corporativa.

O deputado Alexandre Ramagem durante sessão no plenário. Foto: Divulgação

Nos bastidores, deputados avaliam que uma nova mobilização em defesa da deputada paulista poderia aumentar o atrito entre o Legislativo e o Supremo, algo que muitos querem evitar. Além disso, a situação de Zambelli é juridicamente distinta.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, apontou que os supostos crimes cometidos por ela ocorreram antes da diplomação como parlamentar, o que inviabiliza a possibilidade de a Câmara sustar o processo, conforme previsto na Constituição.

Ainda falta a publicação do acórdão do julgamento para que o STF determine o início do cumprimento da pena.

A defesa de Zambelli ainda pode apresentar embargos de declaração, mas dificilmente conseguirá reverter a condenação em última instância.

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Last Update: 15/05/2025