Nos últimos dias, estudantes de quatro campi da California State University (CSU) – San Jose, Sacramento, San Francisco e Long Beach – iniciaram uma greve de fome em protesto contra o bloqueio humanitário imposto por Israel à Faixa de Gaza. Organizada pelo grupo Students for Justice in Palestine, a ação visa chamar a atenção para a crise humanitária que afeta mais de dois milhões de palestinos, além de exigir o fim de parcerias acadêmicas com universidades israelenses e o corte dos investimentos em empresas que fornecem armamentos ao exército de Israel. A greve de fome, uma forma de resistência não violenta, ocorre em um contexto de crescente repressão a manifestações estudantis em diversas universidades dos EUA.

A CSU, embora diga apoiar o direito dos estudantes à manifestação pacífica, mantém investimentos em empresas como Boeing e Lockheed Martin, que fornecem armamentos ao exército israelense. Alguns campi, como os de San Francisco e Sacramento, já iniciaram processos de boicote, mas a eficácia dessas ações ainda é questionada. Estudantes como Max Flynt e Marcus Bode criticam a falta de comprometimento real das universidades com os direitos humanos, apontando que os cortes parciais não são suficientes diante da gravidade da situação em Gaza.

Esse movimento estudantil não é isolado. Em 2024, diversas universidades americanas foram palco de protestos pró-Palestina, incluindo ocupações de campi e ações de desobediência civil. Na Universidade de Columbia, em Nova York, estudantes montaram acampamentos exigindo cortes de investimentos em empresas que lucram com a ocupação israelense.

Após negociações frustradas, a polícia foi chamada para desmantelar os acampamentos, resultando em dezenas de prisões injustas. Situações semelhantes ocorreram em universidades como UCLA, UC Davis, Universidade da Virgínia e Universidade do Texas em Austin, onde os estudantes enfrentam repressão policial e prisões em massa.

Essas mobilizações estudantis têm gerado um intenso debate sobre a liberdade de expressão e o papel das universidades na defesa dos direitos humanos. O Departamento de Justiça dos EUA iniciou investigações sobre possíveis casos de discriminação antissemita em instituições como a Universidade da Califórnia, uma clara tentativa de formalizar as ilegalidades contra os estudantes. Enquanto o governo de Donald Trump ameaçou cortar financiamentos federais de universidades que permitam manifestações consideradas ilegais. 

Além disso, a pressão política sobre as universidades têm aumentado, com acusações de que estariam tolerando discursos de ódio e não protegendo adequadamente os estudantes judeus. Estas acusações, que quase sempre se mostraram infundadas, visam pressionar e coagir as administrações universitárias para abrir um combate ainda mais feroz contra a juventude.

O movimento estudantil pró-Palestina nos EUA representa uma resposta contundente à crise humanitária em Gaza e à postura das universidades diante desse cenário. Ao exigir ações concretas, como o rompimento com empresas que apoiam o regime israelense, os estudantes buscam não apenas solidarizar-se com o povo palestino, mas também pressionar as universidades a adotarem uma postura comprometida com os direitos humanos. A mobilização dos estudantes pró-palestina e o Hamas foi e é a grande arma para desestabilizar o regime imperialista, por isso, sua organização deve estar na ordem do dia para os estudantes e oprimidos do mundo todo. 

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Last Update: 15/05/2025