A Rússia confirmou, nesta quarta-feira (14), a composição oficial da delegação que participará das negociações de paz com a Ucrânia, marcadas para o próximo dia 15 de maio, em Istambul, na Turquia. A formação do grupo foi aprovada diretamente pelo presidente russo, Vladimir Putin.
O assessor presidencial Vladimir Medinsky, que já chefiou as negociações com os ucranianos em 2022, será o líder da delegação russa. Ele retorna às tratativas após a Ucrânia ter suspendido os diálogos anteriores no mesmo ano.
A equipe russa contará ainda com importantes autoridades do governo e das Forças Armadas:
- Mikhail Galuzin, vice-ministro das Relações Exteriores;
- Igor Kostiukov, chefe da Diretoria Geral do Estado-Maior das Forças Armadas;
- Aleksandr Fomin, vice-ministro da Defesa.
- Delegação russa inclui técnicos e autoridades estratégicas
Quatro técnicos também integram a comitiva enviada por Moscou: - Aleksandr Zorin, primeiro vice-chefe de Informação do Estado-Maior;
- Elena Podobreyevskaya, da Administração Presidencial para Política Humanitária;
- Alekséi Polishchuk, diretor do Segundo Departamento de Países da CEI no Ministério das Relações Exteriores;
- Viktor Shevtsov, vice-chefe da Direção de Cooperação Militar Internacional do Ministério da Defesa.
Putin propõe retomada do diálogo com Kiev sem pré-condições
O presidente Vladimir Putin anunciou a disposição da Rússia para retomar o diálogo com a Ucrânia sem exigências prévias, reforçando que Moscou jamais abandonou a mesa de negociações. Segundo ele, foi o governo de Volodymyr Zelensky quem decidiu suspender as tratativas em 2022.
A proposta russa foi discutida com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que se prontificou a sediar o encontro em Istambul. “A Turquia está disposta a acolher e sediar as negociações que conduzam a uma solução duradoura”, declarou o gabinete de Erdogan.
Lula intercedeu em Moscou pela reuniãi de paz
O presidente Lula voltou a Moscou nesta quarta-feira (14) com o objetivo de tentar intermediar um diálogo direto entre os presidentes da Rússia e da Ucrânia. A viagem ocorre quatro dias após sua última passagem pela capital russa e, embora oficialmente classificada como uma parada técnica, pode representar um novo esforço diplomático brasileiro na tentativa de pôr fim ao conflito, que já dura mais de três anos.
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