O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu, nesta terça-feira (13), que o Brasil deve rever as isenções fiscais concedidas a vários setores da economia, como forma de reduzir a taxa de juros.
“Precisamos avançar numa legislação que seja mais eficiente e que entregue serviços públicos com mais qualidade, e também discutir a alta carga de isenções fiscais que o Brasil tem. São R$ 650 bilhões de isenções a vários setores, está muito pesado carregar isso”, disse Motta. Ainda segundo ele, o parlamento estaria disposto a debater a questão fiscal.
A fala ocorreu durante evento em Nova York promovido pelo grupo Lide, nesta terça-feira (13), dias após a mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. No dia 7, a autoridade monetária elevou a taxa básica de juros pela sexta vez consecutiva, em 0,5 ponto percentual, passando a 14,75% ao ano.
Ao mesmo tempo, na avaliação do deputado, precisa haver maior “responsabilidade fiscal”— o que, na prática, acaba significando corte de gastos e investimentos em áreas essenciais dos serviços públicos prestados à população.
Motta afirmou que “aprovamos todas as medidas para facilitar a arrecadação, nós ajudamos, mas temos uma agenda de esgotamento. Temos que aliar a isso à responsabilidade do governo com os gastos púbicos”.
Outro ponto que destacou é a busca pelo diálogo entre os divergentes. “Cada Poder tem que fazer sua autocrítica para colaborar com essa harmonia, cada um nas suas responsabilidades e colocar o Brasil em primeiro lugar. Isso vai ajudar a vida da nossa população”, pontuou.
Com agências
(PL)