
O presidente Lula voltou a criticar o “genocídio” promovido por Israel na Faixa de Gaza e afirmou que está otimista com o acordo de paz entre Ucrânia e Rússia. O petista ainda criticou a ONU (Organização das Nações Unidas) e elogiou Donald Trump, seu homólogo dos Estados Unidos, por sua postura sobre os conflitos. As declarações foram dadas durante discurso na noite desta terça (13) em Pequim, na China.
“O que está acontecendo em Gaza é uma coisa extremamente grave para a humanidade. É muito grave. E a ONU não toma nenhuma decisão. Eu acho importante que Trump viaje ao Oriente Médio para ver o que está acontecendo. Não é uma guerra normal, que eu já sou contra, entre dois Exércitos, é uma guerra de um Exército altamente sofisticado e mulheres e crianças”, disse o petista.
Lula afirma que o Brasil faz parte de um grupo que “briga para mudar essa geopolítica” e disse que a postura de Trump sobre a guerras é mais positiva que a de seu antecessor, o ex-presidente Joe Biden. “Você tinha o nosso amigo Biden falando em guerra todo dia, falando em destruir a Rússia todo dia e o Trump vem e diz: ‘Eu preciso fazer paz e parar com essa guerra’. Eu achei ótimo”, prosseguiu.
Apesar de criticar a ideia do republicano de transformar Gaza em um resort, Lula acredita que ele pode contribuir com o fim da guerra. “E eu espero que ele possa dar uma contribuição para terminar o genocídio, a palavra, eu vou repetir aqui, para terminar o genocídio na Faixa de Gaza. Aquilo não é uma guerra, aquilo é um genocídio”, acrescenta.
Antes de retornar da China ao Brasil, o presidente Lula disse que espera que Donald Trump ajude a terminar o “genocídio na Faixa de Gaza” e afirmou estar otimista com um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
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— GloboNews (@GloboNews) May 14, 2025
Trump tem conversado com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para buscar um acordo de cessar-fogo. Ele deve viajar à Turquia nesta semana, onde ocorrerão negociações diretas para a paz entre os países.
Para Lula, a participação de Trump nos diálogos é “importante” e se diz “otimista” com as conversas. “O presidente Xi Jinping [da China] e eu registramos isso em uma nota, destacando a possibilidade de que ambos se reúnam em Istambul e comecem, de verdade, a trocar palavras em vez de tiros. Isso salvará vidas”, afirmou o petista.
Moscou e Kiev não conversam diretamente desde março de 2022, quando o conflito se iniciou. Lula diz que o governo nunca se posicionou de um lado ou de outro, mas sempre defendeu a busca pela paz.
“O Brasil vem fazendo o mesmo discurso: é preciso que haja movimentação política para que a gente possa alcançar a paz. Eu tive a petulância, em um determinado momento, de ligar para o presidente Putin e dizer: ‘Pare com essa guerra e volte para a política, porque a política está precisando muito de você’”, relatou.
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