
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta terça-feira (13), em Pequim, que espera a presença do presidente da Rússia, Vladimir Putin, na reunião de negociações de paz sobre a guerra na Ucrânia, prevista para acontecer na Turquia. A iniciativa surge após Putin sugerir um encontro a partir de quinta-feira (15), proposta que foi aceita pelo presidente ucraniano Volodimir Zelenski, sob forte pressão dos Estados Unidos.
Nas últimas semanas, a diplomacia ucraniana solicitou apoio do Brasil e da China para persuadir Putin a aceitar um cessar-fogo e dar início às tratativas por um acordo de paz. Conforme revelado pelo Estadão, Lula levou pessoalmente o pedido de Kiev ao líder russo durante encontro no Kremlin.
Antes disso, Lula se reuniu com o presidente da China, Xi Jinping, no Palácio do Povo, onde ambos discutiram o conflito entre Rússia e Ucrânia. Em seguida, divulgaram uma nota conjunta em apoio à proposta de negociações imediatas, sem pré-condições, conforme defendido por Putin em declaração feita no dia 10.
No entanto, o comunicado não mencionou um cessar-fogo imediato — ponto central exigido por Zelenski, que reforçou o pedido publicamente e nos bastidores ao governo brasileiro.

Durante sua fala, Lula reiterou que o Brasil mantém a mesma posição há três anos: aposta na diplomacia como única saída viável para o conflito. Ele disse que teve a “petulância de um dia ligar e dizer ao Putin ‘pare com essa guerra e volte para a política que está precisando muito, o debate da extrema direita radicalizada’.
Lula também comentou que sua visita a Moscou, duramente criticada por ser vista como um gesto de aproximação com Putin, abriu espaço para uma conversa direta sobre a paz. Contudo, ainda não há confirmação da presença do presidente russo na reunião de negociações.
“Com muito otimismo vi a proposta. O presidente Xi Jinping e eu colamos numa nota”, disse o petista, destacando a importância da iniciativa. Ele afirmou esperar que Putin e Zelenski participem do encontro e “comecem a trocar palavras em vez de tiros”.
“Vamos ver se o Putin vai e se eles se colocam em acordo”, concluiu.
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