O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta terça-feira 13, novos cortes nos subsídios a Harvard, um dia após a direção da universidade ter se oferecido a dialogar.
O presidente Donald Trump acusa Harvard e outras universidades americanas de antissemitismo, por terem permitido em seus campi movimentos estudantis contra os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza. Ele também quer o fim dos programas de diversidade.
Harvard levou o governo americano aos tribunais, alegando tentativa ilegal de controlar a sua gestão. Mas o presidente da universidade, Alan Garber, enviou na segunda-feira 12 uma carta à secretária de Educação, Linda McMahon, buscando um diálogo sobre “a base comum” da luta contra o antissemitismo e a defesa da “liberdade de pensamento e expressão”.
Garber afirma na carta que tomou medidas para garantir que os funcionários e estudantes israelenses não se sintam excluídos, e que as ações do governo federal ameaçam a liberdade acadêmica.
Horas depois, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos anunciou a eliminação de mais 450 milhões de dólares (2,5 bilhões de reais) em subsídios a Harvard, além dos 2,2 bilhões (12 bilhões de reais) divulgados na semana passada, alegando “um problema” de discriminação na universidade.
“Harvard não é republicana nem democrata, nem o braço armado de nenhum partido ou movimento político, e nunca será”, afirma Garber na carta. A direção da universidade não comentou o novo corte nos subsídios.