
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que os Estados Unidos tiveram um “papel decisivo” para evitar um golpe de Estado no Brasil. A declaração foi dada nesta terça (13), durante discurso em evento do grupo Lide em Nova York (EUA).
“Acho que isso teve algum papel porque os militares brasileiros não gostam de se indispor com os Estados Unidos, porque é aqui que obtêm os seus cursos e os seus equipamentos”, disse o magistrado, apontando que o país fez um apoio “à institucionalidade e à democracia brasileira em momentos de sobressalto”.
O ministro ainda relata que fez apelos ao país quando presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Eu mesmo, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, estive com o encarregado de negócios americanos, estive muitas vezes, e em três vezes pedi declarações dos Estados Unidos de apoio à democracia brasileira, uma delas do próprio Departamento de Estado”, prosseguiu.
Em junho de 2023, os Estados Unidos fizeram uma espécie de “pressão silenciosa” para que não houvesse um golpe de Estado no Brasil, segundo o jornal britânico Financial Times. Na ocasião, o governo americano afirmou a generais brasileiros e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro que ficaria neutro sobre o resultado das eleições.
Barroso criticou o atual presidente do país, Donald Trump, por cortes no orçamento da Universidade de Harvard, que tem promovido diversas suspensões de recursos em meio a uma ofensiva contra instituições de ensino superior que estariam, segundo a Casa Branca, permitindo atos antissemitas.
“É um equívoco a conduta em alguns momentos da história, desprezando esse potencial imenso que a Universidade representa”, lamentou o ministro.
O evento Lide Investment Forum ocorre no Harvard Club e conta ainda com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB); o procurador-geral da República, Paulo Gonet; o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Vital do Rêgo Filho; além de sete governadores e diversos parlamentares.
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