A influenciadora Virgínia Fonseca foi convocada pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Bets para prestar esclarecimento sobre envolvimento na promoção de apostas nas redes. A sessão do colegiado começou às 11h desta terça (13).
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu que a influenciadora fique em silêncio e não produza provas contra si mesma durante a oitiva. “O direito ao silêncio, que assegura a não produção de prova contra si mesmo, constitui pedra angular do sistema de proteção dos direitos individuais e materializa uma das expressões do princípio da dignidade da pessoa humana”, escreveu o magistrado.
Virgínia também será acompanhada por seu advogado durante todo o depoimento. O pedido de convocação da influenciadora foi feito pela relatora da CPI, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), em novembro passado. A parlamentar alegou que ela “exerce forte influência sobre milhões de seguidores em diversas plataformas”.
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Virgínia, que tem mais de 53 milhões de seguidores no Instagram, já promoveu uma série de empresas no setor de apostas. Ao protocolar o requerimento para convocá-la, Thronicke afirmou que a CPI “tem o dever de seguir todos os rastros financeiros e jurídicos relacionados ao mercado das apostas”.
O colegiado tem como objetivo apurar os impactos das chamadas bets nas finanças de famílias brasileiras e investigar possíveis vínculos das plataformas com organizações criminosas ou esquemas de lavagem de dinheiro.
A comissão também convocou outros influenciadores, como Rico Melquiades, que tem cerca de 10 milhões de seguidores e foi alvo de operação da Polícia Civil, e Deolane Bezerra, que chegou a ser presa por suposto envolvimento com esquema de lavagem de dinheiro de bets, mas foi beneficiada por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para não comparecer.
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