Os Comitês de Luta estão realizando uma campanha em defesa da Palestina e contra o genocídio cometido por “Israel” na Faixa de Gaza, desde o início da guerra atual, em 7 de outubro de 2023. A campanha é um ato de solidariedade do povo brasileiro com relação aos palestinos, que estão sendo massacrados pelo exército sionista e as forças imperialistas internacionais.
Diante dessa campanha, os sionistas já processaram judicialmente uma série de organizações e militantes de esquerda que estão denunciando o maior genocídio do século. A Confederação Israelita do Brasil (Conib), que é uma das principais organizações do sionismo em solo nacional, surge como autora de processos contra o jornalista Breno Altman, o Partido da Causa Operária (PCO), dentre outras pessoas.
Mas a Conib não está só. Há várias organizações sionistas infiltradas no Brasil. Uma delas é o Grupo de Combate ao Antissemitismo e Desinformação, que, pelo nome, bem que poderia ser uma seção do Departamento de Operações de Informações (DOPS) da ditadura militar. Este grupo, defensor dos crimes de guerra de “Israel” contra o povo palestino, recentemente se manifestou na Internet contra as ações dos Comitês de Luta. Este tipo de manifestação só poderia ocorrer mesmo na Internet ou nos autos policiais, uma vez que o sionismo, desprovido de qualquer apoio popular, é incapaz de defender seus interesses nas ruas, com os métodos da luta popular.
Em uma publicação no Instagram, o Grupo de Combate ao Antissemitismo e Desinformação protesta contra cartazes colados no bairro de Higienópolis, na cidade de São Paulo, onde pode ser lido frases como: “genocidas de ‘Israel’ já mataram mais de 60 mil palestinos”; “Fim do Genocídio, o Brasil não pode ser cúmplice”.
Segundo o Grupo de Combate ao Antissemitismo e Desinformação, isto seria “antissemitismo” disfarçado de militância. Para o grupo, “atacar “Israel” não é apenas uma opinião — quando isso acontece dessa forma, com falsificações históricas, generalizações e incitação pública, estamos vendo o ódio aos judeus se espalhar livremente nas ruas do Brasil”.
Esse é o pretexto dos sionistas para esconder o genocídio que eles estão perpetrando contra o povo palestino. Criticar o sionismo, que nada mais é que uma forma de nazismo, seria “antissemitismo”. Com isso, o os sionistas buscam acusar até mesmo de racismo os que criticam o Estado de “Israel”, os militares israelenses e os sionistas.
O cartaz faz uma campanha pelo fim do estado de “Israel”, que, como é de conhecimento geral, é um Estado fictício criado pelos países imperialistas, o que gerou um martírio palestino por décadas a fio até os dias de hoje. Esta é a denúncia. Seja lá quem tiver colado os cartazes, esta pessoa não expressa uma opinião contra um judeu ou os judeus, mas contra o Estado sionista de “Israel”. Estado e povo são coisas distintas, e os sionistas fazem essa confusão proposital para realizar essa manobra racial de “antissemitismo”.
O Grupo de Combate ao Antissemitismo e Desinformação afirma ainda:
“O antissemitismo moderno se disfarça de ativismo, mas a mensagem continua a mesma: judeus, vocês não tem o direito de existir”.
Novamente é uma tentativa de manipular o leitor incauto, que, por ingenuidade acreditaria que existiria um grupo, no Brasil, que por um motivo sobrenatural não gostaria de judeus. Nada mais ridículo.
A luta é contra o Estado de “Israel”, e a defesa de um estado palestino, onde árabes e judeus convivam normalmente, como, inclusive, era antes da invenção artificial do Estado de “Israel”, que na verdade é um enclave do imperialismo criado para atender a interesses econômicos e políticos na região.
A “denúncia”, na verdade, é uma tentativa de instaurar processos penais contra atividades pró-Palestina, movendo as forças repressivas contra o setor mais combativo da esquerda brasileira.
Embora sejam poucas, já existem algumas decisões judiciais que reconhecem que não existe crime algum em defender o fim do Estado de “Israel”, menos em defender o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), partido que sequer é considerado terrorista pelo governo brasileiro.
Um dos militantes do PCO, em discurso realizado em uma manifestação logo após o 7 de outubro de 2023, disse o seguinte:
“Venho em nome do Partido da Causa Operária deixar meu apoio irrestrito ao povo palestino e ao Hamas. Neste último sábado foi o dia que, como o companheiro falou aqui anteriormente, mudou toda a história antiimperialista no mundo. O povo palestino é o mais martirizado do planeta, depois de décadas de massacre e de esmagamento por “Israel”, que é um enclave imperialista no meio do continente, o povo palestino conseguiu reagir através da ação do Hamas. Nós estamos mil por cento com o Hamas. Nós apoiamos mil por cento o Hamas. Nós apoiamos todo o povo palestino. Não tem como chamar isso daí de um ato terrorista, terrorista é o estado de “Israel”, terrorista criminoso armado pelo imperialismo. Nós temos que apoiar essa ação(…)”
Diante disso, sionistas fizeram uma denúncia criminal contra o militante, mas o processo foi arquivado, pois “não se vislumbra o dolo de ‘incitação’, no sentido de estimular, incentivar publicamente a prática de crime, imediatamente ou no futuro. No caso dos autos, o autor não teve o ânimo de exaltar a conduta, mas apenas defender uma causa (…) Admitir referida atitude como crime de incitação ao crime poderia configurar verdadeiro cerceamento à liberdade de expressão”.
É justamente isso que os sionistas querem: acabar com a liberdade de expressão, especialmente as opiniões que denunciam o genocídio cometido por “Israel” na Palestina. Eles, os sionistas, tentam esconder o banho de sangue na Palestina sob o pretexto de “antissemitismo”, mas a realidade é que não é possível esconder o genocídio cometido por “Israel”.