Mandato de Sâmia Bonfim tem papel fundamental na defesa de movimentos populares. Foto: Filipe Peres

Por Vanessa Gonzaga/Equipe de texto da Feira
Da Página do MST

Nesta sexta (09), a 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária recebeu dezenas de deputados federais e estaduais, vereadores, representantes de órgãos públicos e de ministérios do Governo Federal em um café da manhã com parlamentares. Uma das presenças foi a de Sâmia Bomfim (PSOL-SP), deputada federal pelo estado de São Paulo.

Sâmia aponta o crescimento da Feira nesta quinta edição. “A feira veio se consolidando na cidade de São Paulo nos últimos anos. Fez falta quando não aconteceu. Eu acho que é um marco num contexto de inflação do preço dos alimentos, porque muita gente se pergunta como faz para combater esse problema que atinge diretamente milhões de brasileiras. E essa é uma resposta muito concreta e imediata”, afirma.

Mais que uma oportunidade de mostrar a produção dos alimentos vindos de áreas da reforma agrária, a feira é, sobretudo, uma forma de estreitar os laços entre o campo e a cidade. A deputada aponta que é também uma forma de conhecer melhor o trabalho do MST: “É uma forma das pessoas conhecerem a produção do Movimento Sem Terra, reconhecerem a importância da reforma agrária, de uma produção agroecológica, de uma outra relação com meio ambiente para garantir o direito humano à alimentação. Então a feira aparece nesse contexto. Venham para a feira, conheçam, entendam do que se trata o trabalho desses milhares de trabalhadores Brasil afora”.

MST realizou ato em solidariedade e companheirismo ao deputado federal Glauber Braga e Sâmia Bonfim. Foto: Sara Gehren

Criminalização dos Movimentos Populares e apoio a Glauber Braga

Em 2023, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) articulada pela extrema-direita na Câmara dos Deputados teve como objetivo tentar criminalizar a luta do MST. Uma das vozes que se levantou em defesa do movimento e contra a criminalização da luta popular foi a deputada Sâmia Bonfim (PSOL), junto de vários parlamentares de esquerda.

Apesar da derrota da CPI, Sâmia alerta que a direita articula outros projetos. “Tem um projeto de lei na Comissão de Relações Exteriores que tem esse objetivo, de considerar os movimentos sociais como se fossem terroristas, criar uma equiparação. Eu tive a oportunidade de participar da chamada CPI do MST, que na verdade era uma tentativa de criminalizar o movimento e felizmente acabou em nada, no sentido de que não conseguiram avançar nenhum centímetro de desmoralizar ou desmobilizar o MST. Pelo contrário, serviu para que mais pessoas pudessem entender do que se trata o Movimento Sem Terra”, finaliza.

* Editado por Mariana Castro

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Last Update: 10/05/2025