Na última quinta-feira (08), o Ministério das Relações Exteriores do governo brasileiro emitiu uma nota em que expressou “grave consternação” diante da aprovação de um plano de expansão da ofensiva militar na Faixa de Gaza por parte do governo de “Israel”, visando à ocupação permanente na região.
Na nota, o Brasil pede ao governo sionista que não levE adiante este plano e recorda que o Rstado artificial tem a obrigação de garantir a prestação continuada dos serviços básicos e assistência humanitária na região.
No último dia 5, o primeiro-ministro de “Israel”, Benjamin Netaniahu declarou que os sionistas querem levar adiante uma incursão militar na Faixa de Gaza, que terá uma presença sustentada na região, como parte de uma campanha militar prolongada. A declaração ocorreu depois de uma reunião do Ministério de Segurança do governo israelense e foi apoiada pelos ministros israelenses de extrema direita Ben Gvir e Bezalel Smotrich, que confirmaram que é uma operação pela “vitória total” e que “Israel” quer a ocupação da região.
Apesar de se manifestar contra a intenção do Estado de “Israel”, a declaração na nota do Itamaraty ainda é muito insuficiente diante do que está acontecendo na Faixa de Gaza. Os sionistas assassinaram, desde outubro de 2023, mais de 50 mil palestinos, sendo a grande maioria crianças e mulheres que foram atacados de forma cruel. Portanto, não se trata de um caso de “grave consternação”, pois se trata de um dos maiores genocídios já ocorridos na história, de modo que a única posição cabível para o governo Lula, diante dessa situação, é o rompimento total de todas as relações com o governo sionista de “Israel”.
O governo brasileiro precisa mudar de posição diante de “Israel”, pois o governo sionista exerce hoje pressão direta sobre as instituições que em tese deveriam agir na defesa dos interesses nacionais. O maior exemplo dessa interferência é que, desde outubro de 2023, tem ocorrido prisões de palestinos nos aeroportos internacionais brasileiros, sob a justificativa de que fazem parte de “organizações terroristas” sendo que apenas são palestinos.
O caso mais recente foi o do Abdullah Abu Zaid, de 47 anos, nascido na Arábia Saudita, mas que possui passaporte palestino e nacionalidade palestina. Refugiado desde que nasceu e impedido de entrar no próprio país, veio até o Brasil para buscar asilo, quando, no dia 14 de abril, foi preso pela Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos. As autoridades nunca informaram a razão de sua prisão, tampouco ofereceram roupas, alimentação e atendimento médico necessários. A sua esposa e os seus dois filhos haviam chegado quatro dias antes e ficaram refugiados em um abrigo na Mooca, em São Paulo. Abu Zaid escreveu uma carta para o presidente Lula, em que denunciou a sua prisão desumana e ilegal e que considerasse o seu caso para que fosse liberto. Abdullah Abu Zaid foi solto no último dia 8, depois de 24 dias de prisão ilegal.